Principal artista de um dos maiores grupos de rap da história. Responsável pela produção de uma faixa em Illmatic. Um dos pioneiros na mistura entre jazz e rap. Fundador do coletivo Soulquarians. Q-Tip realmente tem um currículo que o dá credibilidade suficiente para tentar promover o renascimento do rap. É isso que ele tenta em The Renaissance, seu novo disco solo, após anos sem lançar nada.
Mas não se empolgue: o renascimento afirmado por Tip não diz respeito a uma nova direção na música rap, e sim a um retorno às origens. O álbum é permeado por influências do funk e do R&B, mais até do que o típico jazz que marcou a época do A Tribe Called Quest. Gettin Up, o primeiro single e que surpreendentemente estourou inclusive no mainstream americano, é um bom exemplo: produzida pelo falecido J Dilla, a faixa é metade relax, metade dançante, graças ao flow perfeito de Tip e a um loop bastante consistente.
Outra aposta do The Abstract está nos refrões. Em quatro músicas, cantores talentosos marcam presença, acrescentando bastante. Em We Fight/Love, Raphael Saadiq traz de volta o clima dos anos 60, enquanto Tip conta a história de um casal separado pela guerra do Iraque. Já a revelação Amanda Diva aparece na epítome funky do disco, Manwomanboogie, uma faixa totalmente dominada pela poderosa linha de baixo. No fim do disco, Norah Jones aparece para dar o pequeno tempero jazzy em Life Is Better, uma ode a alguns dos nomes mais famosos do rap. Para completar, D'Angelo entrega um refrão viciante em Believe, sobre uma bateria forte e uma combinação letal entre guitarras incisivas e samples esparsos, enquanto Tip explora o tema sob várias perspectivas.
O resultado final de The Renaissance acaba alcançando as expectativas. Ao contrário do último disco solo lançado por Q-Tip - Amplified, mais dançante - , este novo trabalho é mais focado, mais emocionante, mostrando uma clara maturação, tanto nos beats quanto na própria voz do emcee. No final, Tip sai com uma voz menos enjoativa, um disco consistente e de grande valor, além de um hit. Nada mal.
Q-Tip - The RenaissanceMas não se empolgue: o renascimento afirmado por Tip não diz respeito a uma nova direção na música rap, e sim a um retorno às origens. O álbum é permeado por influências do funk e do R&B, mais até do que o típico jazz que marcou a época do A Tribe Called Quest. Gettin Up, o primeiro single e que surpreendentemente estourou inclusive no mainstream americano, é um bom exemplo: produzida pelo falecido J Dilla, a faixa é metade relax, metade dançante, graças ao flow perfeito de Tip e a um loop bastante consistente.
Outra aposta do The Abstract está nos refrões. Em quatro músicas, cantores talentosos marcam presença, acrescentando bastante. Em We Fight/Love, Raphael Saadiq traz de volta o clima dos anos 60, enquanto Tip conta a história de um casal separado pela guerra do Iraque. Já a revelação Amanda Diva aparece na epítome funky do disco, Manwomanboogie, uma faixa totalmente dominada pela poderosa linha de baixo. No fim do disco, Norah Jones aparece para dar o pequeno tempero jazzy em Life Is Better, uma ode a alguns dos nomes mais famosos do rap. Para completar, D'Angelo entrega um refrão viciante em Believe, sobre uma bateria forte e uma combinação letal entre guitarras incisivas e samples esparsos, enquanto Tip explora o tema sob várias perspectivas.
O resultado final de The Renaissance acaba alcançando as expectativas. Ao contrário do último disco solo lançado por Q-Tip - Amplified, mais dançante - , este novo trabalho é mais focado, mais emocionante, mostrando uma clara maturação, tanto nos beats quanto na própria voz do emcee. No final, Tip sai com uma voz menos enjoativa, um disco consistente e de grande valor, além de um hit. Nada mal.
01. Johnny is Dead
02. Won’t Trade
03. Gettin’ Up
04. Offishal
05. You
06. Fight/Love (featuring Raphael Saadiq)
07. ManWomanBoogie (featuring Amanda Diva)
08. Move
09. Dance on Glass
10. Life is Betta (featuring Norah Jones)
11. Believe (featuring D’Angelo)
12. Shaka
Vídeo da faixa Gettin' Up:
Vídeo da faixa Move:
3 comentários:
Ainda bem que consegui baixar enquanto estava ativo o link! Ótimo album do Q-Tip, me fez lembrar os velhos tempos do ATCQ! A mistura de jazz com rap simplesmente foda! Recomendo!
A voz dele é insuportável, na moral. Tá pau a pau com a do Lil Wayne.
aí, q-tip voltou melhor q antes, hein? "shaka" é du kraio! Vlw o post!
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