sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pete Rock: 'Till I Retire/Best Believe (Vídeo)

Primeiro vídeo do novo álbum do Pete Rock, o NY's Finest. Como diz o título, o vídeo engloba dois versos de 'Till I Retire, e depois fecha com a participação do Redman em Best Believe. Vídeo muito bom, a parte do PR no digging é sensacional.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Fat Ray & Black Milk: The Set Up

Black Milk é um produtor já bastante conhecido no underground, tendo trabalhado bastante com o falecido produtor J-Dilla e o grupo Slum Village, ambos de Detroit, também terra de Milk. O cara estourou mesmo no ano passado, com o lançamento do álbum Popular Demand, que foi bastante elogiado. Agora, ele se junta a Fat Ray - que inclusive já fez parte de um coletivo de produção junto com Milk, chamado BR Gunna - para o lançamento de The Set Up, o álbum de estréia de Ray, outro artista proveniente da prolífica cena de Detroit.

Contando com uma produção impecável, The Set Up mostra os dois artistas também no papel de emcees, trocando versos, mostrando um entrosamento muito bom. Fat Ray é uma grata surpresa, com um flow agressivo e natural, e acaba por dominar a maioria das faixas. Black Milk também tem sua cota de destaque, principalmente nos instrumentais, cada um com um toque diferente, sem sacrificar a fluência do álbum. Bad Man é o destaque absoluto do disco, com Fat Ray dominando a faixa, um beat pesado, com um piano frenético no fundo e as participações de Guilty Simpson e Scorpion. Outros destaques são Lookout, num clima bem sombrio; Take Control, na qual tanto Milk quanto Ray estão impecáveis, sob um beat muito bom; e When It Goes Down, novamente uma atuação sólida dos dois emcees.

Mesmo selecionando essas faixas como destaque, é preciso ressaltar que o álbum inteiro é bem consistente, não há nenhuma faixa que destoe do clima das demais. Black Milk prova mais uma vez sua qualidade como produtor, mas é Fat Ray que se destaca bastante, entrando no jogo(este é seu primeiro álbum) com autoridade.

Fat Ray & Black Milk - The Set Up
01. Flawless
02. Lookout (feat. Nametag)
03. Bad Man (feat. Guilty Simpson & Scorpion)
04. Take Control (feat. AB)
05. Not U
06. When It Goes Down
07. Get Focus (feat. Phat Kat & Elzhi)
08. Nothing To Hide
09. Get Up (Bonus)
10. Ugly
11. Outro

Download Mirror #1
ou
Download Mirror #2
senha: www.rapgodfathers.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

9 Wonders: Nyoil verses 9th Wonder

Nyoil é um emcee do underground nova-iorquino, que chamou a atenção no jogo com o single Y'All Should All Get Lynched, no qual ele criticava vários emcees dos mainstream americano e o estado atual do Hip Hop. Logo depois, o cara lançou seu álbum Hood Treason, que foi bastante elogiado pela crítica especializada. Agora, ele resolveu pegar alguns beats famosos de 9th Wonder e rimar sobre eles, criando novas músicas. A brincadeira resultou em 9 Wonders, nove músicas com Nyoil rimando sobre os instrumentais do ex-produtor do Little Brother.

Em termos de produção, podemos dizer que o EP é impecável, já que Nyoil escolhe beats muito bons, que representam muito bem o estilo de produção de 9th Wonder. A grande virtude do emcee é tentar fazer das músicas algo novo, sem soar como uma outra versão para o beat, e ele consegue este objetivo com maestria. Destaque absoluto para Each Morning, embora Conspiracy Theories e 4 Luv também mereçam menção. A última, aliás, é bem curiosa, pois mostra Nyoil e sua filha Big Nay trocando versos durante a música.

Como o próprio emcee disse, este EP é bem mais focado nas letras e seu conteúdo do que o álbum anterior, além de ter um clima mais relaxado, enquanto Hood Treason era mais agressivo, tanto nas rimas quanto na produção. De qualquer forma, 9 Wonders é um ótimo trabalho, com beats impecáveis e um emcee inteligente e talentoso fazendo boa música. Altamente recomendado.

9 Wonders - Nyoil verses 9th Wonder
01 Each Morning
02 More and More
03 Close Your Eyes
04 Drop Squad
05 Cap’n Save A Hoe!
06 4 Luv f-Big Nay
07 CONspiracy Theory
08 The Investor
09 Seems Like

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Vídeo de Conspiracy Theories




Vídeo de Cap'n Save a Hoe!

Crooked I: St. Valentine's Day Bossacre

Mixtape lançada pelo Crooked I, atualmente o emcee que tem feito mais barulho na West Coast, graças à sua famosa série de freestyles Hip Hop Weekly, na qual ele disponibiliza para download um freestyle por semana, sempre pegando batidas famosas ou atuais. Crooked já fez parte do time da Death Row, mas teve vários problemas na gravadora, acabou saindo sem lançar álbum e hoje prepara seu álbum de estréia, B.O.S.S., um dos mais aguardados do ano, e não é pra menos: o cara realmente é um monstro no microfone, um flow sensacional.

St. Valentine's Day Bossacre traz algumas faixas inéditas misturadas a algumas participações recentes de Crooked, como Wake They Game Up, do novo álbum de Yukmouth, e The Music Industry Remix, junto com Termanology(que rouba a cena), Akrobatik, Royce Da 5'9 e Consequence. Entre as músicas inéditas, destaque para a política Freedom, a introspectiva My Life 2.0, a sinistra Crooked Don't Dance, na qual ele fala inclusive sobre a questão do C-Walk ser ou não uma dança, e a animada Real Boss Life, com um instrumental muito bom, com palmas marcando o ritmo junto com as caixas e um sample de piano discreto.

Enfim, uma boa prévia para o esperado álbum solo de Crooked I, que parece estar num momento iluminado da carreira, com um flow a cada dia mais afiado. O buzz nas ruas já está garantido, tanto com a série de freestyles quanto com esta mixtape, resta esperar que o álbum corresponda às expectativas, algo que não deve ser difícil, se Crooked mantiver o ritmo.

Crooked I - St. Valentine's Day Bossacre
01. St. Valentine's Day Bossacre Intro
02. The Boss
03. Dj Nik Bean & Dj Felli Fel Speak
04. Finer Things (Prod. by Felli Fel)
05. Freedom ft. Fred Knuxx (Prod. by X-plosive)
06. Crooked Don't Dance (Prod. by MG)
07. What that Mean (Prod. by Rick Rock)
08. Bossacre Skit #1
09. Boss Biter
10. Real Boss Life
11. Valentine's Day Delivery
12. My Life 2.0 (Prod. by Komplex)
13. The Music Industry (Remix) Ft. Termanology, Royce Da 5'9, Akrobatik & Consequence
14. Wake They Game Up ft. Yukmouth
15. Cal-if-or-ni-a ft. Mr. Silky Slim, Roscoe Umali, & Mash (Prod. by BH)
16. Bossacre Skit #2
17. Act Like You Know ft. Mic Moses (Prod. by Meech Wells & Tha Pusher)
18. St. Valentine's Day Bossacre Outro

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Pete Rock: NY's Finest

Vazou hoje o novo álbum do Pete Rock, uma das lendas vivas do rap. Quatro anos depois de lançar Soul Survivor 2, o Soul Brother #1 lança NY's Finest, seguindo o mesmo estilo de seus álbuns solos: beats feitos sob medida para os convidados rimarem. Desta vez, ao contrário do último lançamento, Rock também encontra tempo para rimar. Como mostra o título do disco, este álbum tem alguns nomes bem importantes de Nova Iorque, como Raekwon, Masta Killa, Styles P e Jim Jones. Além deles, nomes como Little Brother, Redman e Lords of the Underground também marcam presença. Vale ressaltar que a capa do álbum é inspirada em um disco de James Brown, chamado Hell(veja a original aqui), seguindo uma tradição de Rock, cujo disco anterior teve a capa inspirada em Tutu, um álbum de Miles Davis.

Ao contrário do último álbum, no qual Pete procurou expandir sua produção, tentando casar os beats com o estilo de cada convidado, em NY's Finest vemos a volta do produtor ao seu estilo, com as tradicionais caixas pesadas, samples de jazz e beats diferente na introdução e no fim de algumas músicas. Um dos poucos momentos em que Rock muda sua abordagem é em Ready Fe War, encharcada de reggae, que mesmo sendo uma boa faixa, acaba soando fora de lugar num álbum com um clima bem diferente do ritmo jamaicano.

Sem dúvida, é quando Pete Rock traz seu estilo único que temos os melhores resultados. We Roll, o primeiro single, tem um beat fenomenal, com samples de sax que fazem lembrar os tempos de T.R.O.Y., mesmo com as participações fracas de Jim Jones e Max B. Comprehend e That's What I Am Talking About são mais puxadas para o jazz, sendo a última bem "relax", com uma ótima participação do cantor Rell. 914 e The Best Secret são faixas um pouco mais old school, beats mais acelerados e pesados. Outros destaques são The PJ's, com a dupla do Wu-Tang, Raekwon e Masta Killa, e um refrão envolvente; e Bring Y'All Back, com o Little Brother.

No geral, este é um álbum bastante sólido, com poucos pontos fracos. Os beats de Pete Rock continuam muito bons, um equilíbrio perfeito entre inovação e tradição. Nas rimas, ele também melhorou bastante em comparação ao Soul Survivor 1, outro álbum em que ele rimou. Talvez a maior falha do álbum tenha sido nas participações. Nomes como Jim Jones, Max B, Styles P e Sheek Louch não parecem ter o nível necessário para lidar com os beats de Rock. Uma boa surpresa foi Papoose, que foi muito bem na sua faixa, enquanto veteranos como Raekwon, Masta Killa, Lords of the Underground e Little Brother contribuíram muito bem. Enfim, um álbum bastante recomendado para os fãs dos beats de Pete Rock saberem em que nível se encontra o trabalho do mestre.

Pete Rock - NY's Finest
01. Pete Intro
02. We Roll (feat Jim Jones & Max B)
03. 'Till I Retire
04. 914 feat (Styles P & Sheek Louch)
05. Questions (feat Royal Flush)
06. Best Believe (feat Redman)
07. Ready Fe War (feat Chip-Fu & Rene)
08. Don't Be Mad
09. Bring Y'all Back (feat Little Brother)
10. The Best Secret (feat Lords Of The Underground)
11. That's What (feat Rell)
12. The PJ's (feat Raekwon & Masta Killa)
13. Made Man
14. Let's Go (feat DJ Doo Wop)
15. Comprehend (feat Papoose)

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PS: Abaixo uma entrevista muito boa com o Pete Rock, falando inclusive sobre o novo álbum.

Entrevista: Pete Rock

Um dos maiores produtores da história do rap está de volta. Nesta entrevista, Pete Rock fala sobre o novo álbum, intitulado NY's Finest, seu processo de criação, respeito da comunidade do Hip Hop por ele, o jogo do rap atualmente, as conseqüências da tecnologia nas produções e seus momentos mais marcantes.

I- O que fez você lançar outro álbum solo?
Eu sinto como se estivesse faltando um equilíbrio no Hip Hop de hoje, no rádio e nos vídeos. Eu quis voltar e ensinar aos jovens sobre quem eu sou e o que eu já fiz no jogo do rap. Tentar guiá-los, ou qualquer um que está procurando entrar no Hip Hop, na direção certa.

II- Em uma de suas rimas, Kanye se auto-intitulou a nova versão de Pete Rock. Você já se incomodou quando as pessoas te mencionam como se você não estivesse mais ativo no Hip Hop? Claro que não. Eu nunca saí e eu sempre vou star no jogo. Isso apenas me mostra que meu trabalho não foi feito em vão e que eu inspirei um monte de caras. Eu não posso interpretar de outra maneira. A única coisa que eu não gosto é falarem de mim como não estivesse mais aqui. Eu estou aqui, fazendo beats. Eu tenho umas coisas no novo álbum da Keyshia Coles, do Styles P, estou trabalhando com o LL Cool J agora, fiz uns trabalhos com 50 Cent. Agora mesmo eu estou me concentrando em lançar boa música. Eu fiquei um tempo meio sumido, mas eu nunca abandonei nada.

III- A tecnologia está tornando mais fácil a cada dia para qualquer um ser um rapper ou um produtor. Como você acha que isso afeta a qualidade da música? Eu acho que é uma coisa boa. O importante não é o que você tem, e sim como você usa. Eu sou um cara do tempo do vinil, mas você não vai querer ficar carregando discos pelos aeroportos, porque eles vão acabar com a tua bagagem, então eu levo o laptop e tá tudo certo. Existe um certo som que vem do vinil, eles não podem simular este som do vinil, nem o sentimento quando se está discotendo numa festa. Só o sentimento de mexer com o vinil é uma das melhores coisas no mundo. Mas todas essas coisas da nova geração são legais. Tudo se resume a como você usa, qual o som que você quer fazer e, mais importante, suas razões para fazer isso.

IV- Qual é o seu processo ao criar música?
Eu vou para a minha sala de música, provavelmente tenho alguma coisinha já em mente, e apenas fico ouvindo as coisas e deixo minha imaginação fluir. Às vezes, eu vou pra lá com uma idéia na cabeça e às vezes vem tudo muito rápido pra mim, mas das duas maneiras, uma vez que eu comecei, simplesmente flui. Eu tenho feito isso por tanto tempo que simplesmente acontece. Eu dominei isso. Seja sampleando, tocando teclado ou qualquer outra coisa, é realmente bem fácil para mim.

V- E as rimas fluem tão fácil quanto os beats, ou é algo diferente?
A parte da rima é diferente. E para ser honesto, eu acho que amo isso um pouco mais do que a música, mas ambas são partes do Hip Hop. Eu amo rimar. Eu não sou um Biggie, que era perfeito com as rimas, mas eu sou bom o suficiente para manter um raciocínio e entreter as pessoas enquanto elas ouvem o que estou dizendo. Por acaso, um cara como o Swizz Beatz, o tipo de música que ele faz, quando você está na boate e vê o que acontece, a reação das pessoas quando toca um beat dele é incrível. Você tem todo um novo respeito por ele.

VI- Quando esteve trabalhando no novo álbum, você escolheu as participações conscientemente ou simplesmente tentou coisas diferentes com pessoas diferentes? Eu só quis trabalhar com pessoas que tinham o mesmo amor pelo tipo de música que eu faço. Eu procuro por estes artistas que gostam do tipo de música que eu faço. Meu interesse em '08 é trabalhar com pessoas que querem trabalhar comigo, e vice-versa. Considerando que o jogo tem mudado, os artistas não trabalham da mesma forma como costumavam antes. Então, é meio estranho quando eu vejo eu mesmo mandando emails com beats para os caras, em vez de sentar com os artistas e discutir a música. Mas eu só lidei com pessoas que têm o mesmo amor que eu por isso.

VII- Ultimamente temos ouvido um monte de pessoas falando sobre as diferenças entre um beatmaker e um produtor. O que você acha do uso de cada título? É tudo a mesma coisa. As pessoas sempre querem criar um novo significado para uma palavra antiga. Pode ser apropriado em algumas situações, mas não sempre. Tipo, eu sou um beatmaker e um produtor, então o que eu sou? Não existe palavra nova, você é um produtor. Mas eu aco que o que os caras estão tentando dizer é: ser versátil com sua música é importante. Não limite a si mesmo a um só gênero. Não tenha medo de tentar coisas diferentes. Se você pode fazer tipos diferentes de beats, Hip Hop, R&B, Pop, Jazz, então você é um produtor acima da média.

VIII- Quais as músicas do novo álbum que você acha que as pessoas mais vão gostar? Eu acho que as pessoas vão gostar da música que eu tenho com Jim Jones e Max B. A música do Jim Jones é boa. Eu fiz uma música para boate com o Rell. É legal, uma música relaxante. Já do lado dos porradões, da rua, eu tenho coisas com Papoose, Royal Flush, Redman. Eu tenho uma estilo reggae com o Chip-Fu do Fu-Schnickens e Rene do Zhane'...é o cara mais escuro, para aqueles que não conhecem.

IX- Com as estações de rádio e vídeo send tão específicas sobre o tipo de música que os artistas precisam fazer para tocar, você está preocupado com seu projeto passar despercebido? É assim que é o jogo. É um ponto onde os caras querem aquele som comercial, pop, que faz eles ganharem mais dinheiro. É tudo o que eles de querem. Eles querem escravizar os artistas, no sentindo de fazer um monte daquelas músicas, que fazem eles ganharem um monte de dinheiro. Eu só acredito no que vem de você. Eu não acredito nas pessoas dizendo a você o que pensar, o que dizer ou o como fazer sua música. Você deveria fazer isso do seu jeito e fazer o que você sente. Faça o que sua alma sente, é o que eu tenho feito por todos esses anos.

X- Você é parte de um dos mais influentes grupos de Hip Hop e responsável pela criação de alguns clássicos. Você acha que tem o respeito que merece? Eu sinto como se existisse alguém por trás das cenas ou em algum escritório em algum lugar que não conhece a história deles e não conhece Hip Hop. Se eles conhecessem, eles incluiriam mais caras como eu. Eu estava num show do Hip Hop Honors uma vez, como deejay. Eu não estava no palco, ou algo do tipo. Você só me viu de na esquina, deslocado. E isso é engraçado para mim. Mas eu estava feliz por estar lá e eu sempre fico feliz por fazer parte de coisas como esta. Mas existe alguém por trás que realmentenão conhece a história deles. Eles não conhecem realmente Hip Hop e não amam realmente o Hip Hop. E é sempre uma pessoa assim que acaba arrumando emprego dentro do Hip Hop. Tem um monte de gente vivendo disso que não conhece nossa história, e isso me faz rir.

XI- Sua carreira tem quase duas décadas, quais foram os momentos que tiveram mais significado para você? Meu melhor momento como produtor é sempre quando eu trabalho com pessoas que eu nunca trabalhei antes. Caras como Run-DMC, LL, Biggie, Big L, 'Pac, pessoas assim. Eu estava excitado para trabalhar com estes artistas porque, na época, eu era apenas um consumidor do Hip Hop. Eu estava catando dinheiro da bolsa da minha mãe para ir à loja de discos. Eu amava isso e estava determinado a fazer música. Isso já estava dentro de mim tão cedo porque meu pai estava envolvido nisso. Como um emcee, meus momentos favoritos foram quando os caras vinham aqui em casa. Todo mundo, desde Biz Markie até Redman, Mos Def, Talib Kweli, Common, Large Professor, um monte de caras vinham para a minha casa e a gente ficava fazendo jam sessions aqui. Nós ouvíamos os samples e rimávamos sobre beats que tínhamos feito naquele dia. Este foi um dos sentimentos mais gloriosos. Turnês também eram legais. Só de ver os fãs vibrando contigo, cantando as palavras e tal, é uma sensação muito boa.

XII- Em uma entrevista antiga, Chubb Rock disse que ele gostaria de fazer um álbum de Jam Session similar ao que os artistas de Jazz costumavam fazer. Quem você gostaria de recrutar se você pudesse fazer um projeto parecido? Tem tantas pessoas por aí com as quais eu adoraria trabalhar num projeto como esse. LL Cool J, eu gostaria de trazer de volta meu primo Heavy D, Dr. Dre, Snoop, Jay-Z, OutKast...a lista continua.

XIII- Todo mundo sabe que não existe fundo de garantia no Hip Hop. Sabendo disso, você já pensou em sair da indústria da música para procurar uma maneira mais estável de viver? Eu sempre vou fazer algo na música. Tudo que eu possa fazer profissionalmente na música, eu vou fazer. Uma das coisas que eu realmente quero fazer é criar trilhas sonoras. Eu nunca levei a sério antes, mas eu realmente gostaria de fazer isso de forma séria, desde que eu vi como o RZA capitalizou nesse negócio com Kill Bill e Blade. Eu gostaria de lidar com filmes de ação, de super-herói ou de gangster. Principalmente, gangster e super-herói. Eu sempre gostei dessa coisa de super-herói, desde que era pequeno, logo eu adoraria fazer parte disso. Eu gosto de vários filmes que eles têm feito, e eles têm lançado vários ultimamente, então eu realmente estou bastante afim de fazer algo do tipo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Wu-Tang Clan: Take It Back


Take It Back
é o primeiro vídeo oficial do último álbum do Wu-Tang Clan, chamado 8 Diagrams. O vídeo é bem fraco, parece ter sido feito meio que por obrigação de lançar alguma coisa, com imagens dos caras no show. Talvez eles não queiram se reunir para gravar algo, depois de tantos conflitos.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

QN5: Baby Blue For Pink EP

QN5 é uma das mais prolíficas gravadoras underground norte-americanas. Casa de artistas como o grupo Cunninlynguists e Tonedeff, ela se difere de muitas pela interação que tem com seus fãs através do seu site, além, é claro, da qualidade dos trabalhos que lançam. No começo deste ano, eles lançaram o álbum novo do Substantial, desde já um dos melhores do ano. Agora, para comemorar o Dia dos Namorados americano, eles lançaram um EP com seis faixas, tendo como tema principal todo esse clima romântico.

Quem pensar que é um disco meloso, cheio de faixas românticas, vai se enganar redondamente. Os caras mostraram muita criatividade, falando sobre coisas diferentes, inclusive com bastante humor. A produção é bastante caprichada, e tem nomes como Kno e Deacon, ambos do Cunninlynguists, além de Tonedeff e o veterano Domingo.

Pack FM abre o disco com Plucking Daisies, que conta a história de um homem meio pirado, que não sabe se sua garota gosta ou não dele. O beat, cortesia de Deacon, é muito bom, caixas secas e pesadas e um sample de saxofone. The Letter, de Session, é uma faixa em que ele faz uma verdadeira declaração de amor...a ele mesmo! Bem criativa e engraçada. Outra faixa cheia de humor é R Love Songs Gay?, de Substantial. Outro destaque é o beat de Know I Do, um remix de Kno para a faixa de Cashmere, um instrumental simples, mas muito bonito. O sample parece bastante o do clássico Soul In The Hole, do filme de mesmo nome, cantado pelo Wu All-Stars.

Enfim, um disco curto, mas muito bom, esbanjando criatividade e humor, com um nível de excelência bem acima da média. Altamente recomendado para quem já conhece o som dos caras e quer continuar acompanhando o que lançam, e também para quem não conhece, pois é um som de muita qualidade.

OBS: Mudei o link para download, dessa vez eu mesmo fiz o upload, já que o outro link pedia senha para descompactar o arquivo, e eu não achei.

QN5 - Baby Blue for Pink
1. PackFM - Plucking Daisies [Produced by Deacon The Villain]
2. Session - The Letter [Produced By Tonedeff]
3. Cashmere The Pro - Know I Do (RMX) [Produced By Kno]
4. Substantial - R Love Songs Gay? [Produced By Tonedeff]
5. Mr. SOS - Digital Video (f/ CunninLynguists & SunnyStylez) [Produced By Deacon The Villain]
6. Tonedeff - Close [Produced By Domingo]

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Vídeo de Plucking Daisies

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Akrobatik: Absolute Value

Novo álbum de Akrobatik, um emcee bastante conceituado no underground, cujos dois últimos álbuns foram bastante aclamados, graças ao seu flow bastante agressivo, uma voz marcante e letras muito boas. O cara também faz parte do grupo The Perceptionists, junto com Mr. Lif e o produtor Fakts One.

Absolute Value é um álbum bastante esperado, devido ao tempo que o separa de seu antecessor, Balance. Ak chamou convidados bastante renomados, como B-Real, Talib Kweli, Little Brother e Mr. Lif, além de produtores como 9th Wonder, Illmind, Da Beatminerz e J-Dilla. Com um time desses, a expectativa era bastante grande acerca do álbum. E Akrobatik conseguiu atender a ela.

Com uma produção muito boa e bastante versátil, Akrobatik se mostra bastante confortável, e também mostra sua versatilidade ao abordar vários temas. Rain é uma faixa com uma mensagem de motivação, com Ak falando sobre problemas, e como eles passam, assim como a chuva; Front Steps tem um conceito muito bom, fala sobre educar os jovens, mostrar um caminho diferente daquele que a maioria escolhe, que é o crime. Junto a essas faixas mais conscientes, Ak também mostra faixas estritamente de batalha, como Beast Mode, com os parceiros do The Perceptionists, e A To The K, com B-Real.

Na produção, o grande destaque é Illmind. Suas faixas são as que mais se destacam, desde o batidão de A To The K até a calma Kindred. Outros beats de destaque são Be Prepared, um boom bap cheio de soul, cortesia de 9th Wonder; Step It Up, um batidão cheio de suíngue produzido por Hezekiah; Put Ya Stamp On It, produzida por J-Dilla, com caixas pesadas e uma participação espetacular de Talib Kweli; e Ak B. Nimble, um beatbox sensacional do desconhecido Baba Izreal.

Este disco desponta como um dos bons álbuns de 2008. Akrobatik consegue combinar letras conscientes com raps de batalha facilmente, além de ter um ótimo ouvido para escolher os beats. A palavra-chave do álbum é versatilidade, com temas e beats variados, mas ainda assim coerentes entre si, sem perder o fluxo entre as faixas. Absolute Value é um álbum tanto para momentos de reflexão quanto para se escutar nos momentos de fúria.

Akrobatik - Absolute Value
01. A To The K (feat. B-Real)
02. Soul Glo
03. Put Ya Stamp On It (feat. Talib Kweli)
04. Step It Up
05. Rain (feat. Brenna Gethers)
06. Be Prepared (feat. Little Brother)
07. Absolute Value
08. Black Hell Breaks Loose (feat. Willie Evans Jr. & Therapy)
09. Kindred (feat. Chuck D. & Brenna Gethers)
10. Front Steps Pt. II (Tough Love)
11. Beast Mode (feat. Mr. Lif)
12. If We Can't Build (feat. Bumpy Knuckles)
13. Ak B. Nimble
14. Back Home To You

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KRS-One: Adventures In Emceein'

Esta é uma coletânea de faixas gravadas nos últimos anos pelo KRS-One, como ele havia adiantado numa entrevista publicada aqui no blog. Segundo o Teacha, esse lançamento serve para manter o nome dele nas ruas e preparar para o lançamento do seu novo álbum, que provavelmente vai ser lançado ainda neste ano.

Por se tratar de uma coletânea, não há qualquer coesão entre as faixas do álbum. Na verdade, a maioria das faixas é bem fraca, os beats são pouco inspirados e não casam muito com o estilo de KRS, cujo flow permanece afiado. Os poucos destaques do álbum são Money, na qual KRS mostra uma levada sensacional; Better & Better, um beat meio épico; What's Your Plan, uma letra muito boa, no melhor estilo KRS; e It's All Love, uma faixa um pouco mais leve, meio romântica.

Este álbum não mostra nada muito novo, nem está entre os melhores trabalhos do emcee, mas é bom para saber o que KRS tem feito nos últimos anos. Para o Teacha, é bom para ganhar um dinheiro a mais e manter-se "relevante" no jogo.

KRS-One - Adventures In Emceein'
01 Intro F. Rakim
02 Today's Topics F. Chuck D
03 Our Soldiers F. Cx
04 Money F. MC Lyte
05 We Dem Teachas F. Keith Stewart
06 Better & Better F. Pee-Doe
07 The Way It's Goin' Down
08 The Teacha Returns
09 The Real Hip-Hop F. Nas
10 Watch This! F. S-Five
11 What's Your Plan?
12 All Right F. Just Blaze
13 Don't Get So High (Dancehall Mix)
14 I Got You
15 All My Love F. Carlet Boseman
16 Over 30 (Remix)
17 Getaway
18 Don't Give It Up F. S-Five
19 Gro---Oh! (Hip-Hop Nation) F. S-Five
20 It's All Love F. Non-Stop
21 Wachanoabout F. Vince Flores On Guitar

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Nicolay & Kay: Time Line

Primeiro álbum desta dupla, formada pelo produtor holandês Nicolay, famoso por ser parte do Foreign Exchange, junto com Phonte, e o emcee Kay, do grupo The Foundation. Os dois começaram a trabalhar juntos no álbum solo de Nicolay, chamado Here, lançado em 2006. Neste álbum, os caras ainda contam com convidados como o pessoal do Strange Fruit Project e o produtor Oh No, irmão de Madlib.

Time Line é um álbum sensacional. Nicolay se superou nas produções, sendo extremamente consistente, com cada faixa com um clima único e ainda assim conectada às outras. Os beats são pesados, com bumbo e caixa bem definidos e com um som mais orgânico, talvez reforçado pelo fato de não haver samples: é tudo tocado. O resultado é uma música madura, bem resolvida, que sabe para onde está indo, mantendo o clima "relax" durante todo o álbum.

Com um fundo musical tão bom, é de se esperar que Kay, o emcee, fosse um pouco ofuscado. De fato, isso ocorre, mas em menor escala. O cara parece extremamente confortável nos beats, com um flow relaxado e boas letras, fazendo um ótimo trabalho, embora, na verdade, seja Nicolay a grande estrela do álbum.

É difícil escolher destaques, porque todo o álbum é muito bom, mas é obrigatório citar faixas como Through The Wind, com um piano frenético no fundo, caixas pesadas e um refrão muito bem cantado; Blizzard, um batidão pesado e outro ótimo refrão; As The Wheel Turns, um clima relax com Kay apresentando um flow espetacular; e The Gunshot, com um refrão meio ragga e um beat um pouco mais dançante.

Até agora, é o melhor álbum do ano, graças à produção quase perfeita de Nicolay e às boas rimas de Kay. Eu demorei para baixar esse álbum, não levei muita fé, grande vacilo. Se esta for uma prévia para o novo álbum do Foreign Exchange, então estamos prestes a ouvir um clássico.

Nicolay & Kay - Time Line
01. Time:Line
02. Blizzard (feat. Toby Hill of Soulfruit)
03. The Lights (feat. Myth & S1 of Strange Fruit Project & Nicole Hurst)
04. Through The Wind (feat. Stokley Williams of Mint Condition)
05. What We Live
06. I’ve Seen Rivers
07. Tight Eyes (feat. Oh No & The Luv Bugz)
08. As The Wheel Turns
09. The Gunshot (feat. Chip Fu)
10. Grand Theft Auto
11. When You Die
12. Dancing With The Stars (feat. Soulfruit)

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Chaundon: Carnage

Chaundon é um emcee integrante da Justus League, crew encabeçada pelos caras do Little Brother. Ele fez algumas participações nos dois primeiros álbuns do Little Brother e também no último álbum do Sean Price, onde ele chamou a atenção pelo flow confiante e relaxado, e uma voz diferente. Carnage é o álbum de estréia do cara, que veio bem acompanhado, com produções de nomes como 9th Wonder, Khrysis e Illmind, além de rimas de Jean Grae e Sean Price e uma participação de Phonte cantando.

Apesar de todo esse timaço, o álbum desaponta um pouco. Chaundon não parece pronto para carregar um álbum inteiro, o que o faz depender das participações especiais, que na sua maioria estão pouco inspiradas. Na verdade, os convidados que se saem melhor são os cantores, Darien Brockington e Percy Miracles, o alter-ego de Phonte. A produção, embora consistente, não oferece nada muito marcante.

A chave para entender o álbum é Chaundon. Como dito acima, ele ainda é inconsistente durante o álbum, mas quando está inspirado consegue criar boas músicas. Os parceiros de corre, Skyzoo e Torae, também fazem o que podem para ajudar. No final, algumas músicas ainda se destacam, como Don't Take It Personal, uma ótima performance de Darien Brockington; Everything Ain't Easy, de longe a faixa em que Chaundon se sai melhor; e Can I Live, um beat um pouco mais pesado, com uma flauta no fundo.

O grande problema deste álbum é que ele soa pouco inspirado, desde os beats até os convidados, embora Chaundon pareça bastante motivado e empolgado. Não é um álbum ruim, mas não é do tipo que vai ficar no seu repeat por um bom tempo, ou seja, como dizem lá fora, ele tem pouco "replay value".

Chaundon - Carnage
01. The Greatest Warrior
02. Don't Take It Personal (feat. Darien Brockington)
03. 3 Kings (feat. Torae & Skyzoo)
04. HPNY
05. Angie
06. Everything Ain't Easy (feat. Charlie Smarts)
07. Understanding (feat. Darien Brockington & Percy Miracles)
08. Gone (feat. Jean Grae)
09. Told You That (feat. Torae)
10. Can I Live
11. Carnage (feat. Emilio Rojas & MAG)
12. Selfish (feat. Joe Scudda & Jozeemo)
13. Submission (feat. Skyzoo & Sean Price)
14. We Are Here (feat. G.O.D., Sha Stimuli, & DV Alias Khryst)

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Yukmouth: Million Dollar Mouthpiece

Yukmouth é um emcee de Oakland, costa Oeste dos Estados Unidos, e um dos mais respeitados e ativos da região. Afiliado à Rap-A-Lot, gravadora grande no Sul, e dono também da Smoke-A-Lot Records, Yuk ainda é o cabeça do grupo The Regime e já lançou até filme pornô. No microfone, o cara tem um estilo agressivo de rimar, mas também muito técnico. Apesar de a maioria das músicas ser "gangsta", Yuk também encontra tempo para rimar sobre coisas mais introspectivas, o que diferencia ele dos muitos emcees bandidões do Oeste.

Million Dolar Mouthpiece é o novo álbum do cara, bastante aguardado. Nele, Yukmouth mantém sua receita básica, apostando em uma variedade de temas, um flow agressivo e várias participações especiais de grandes nomes do Oeste, como MC Eiht, Too Short, C-Bo, Crooked I, Richie Rich, Dru Down etc. Destaques: Wake They Game Up, uma colaboração entre Yukmouth e o fenômeno atual Crooked I, trocando versos sobre um piano tímido, mas eficiente; West Side, mais um hino ao Oeste, dessa vez com a participação monstruosa de C-Bo; Can't Sell Dope 4eva é uma faixa mais "consciente", um bom refrão cantado e Yuk quebrando tudo.

Entretanto, o álbum parece não corresponder às expectativas, depois da espera. O ponto alto é Yukmouth, que mostra uma consistência impressionante, indo bem em todas as faixas. As participações, embora um pouco excessivas em algumas faixas, também foram bem escolhidas. No fim das contas, fica a impressão de que os beats poderiam ter sido melhor escolhidos, já que a maioria soa sem inspiração, embora Yuk faça o possível para salvá-los.

Yukmouth - Million Dollar Mouthpiece
01. West Coast Don
02. Drug Dealer
03. Shine Like Me
04. Hey Boy Feat. Matt Blaque
05. My Turf
06. Wake They Game Up Feat. Crooked I
07. Hate Me Feat. Matt Blaque
08. Playboi Feat. Danica "The Morning Star"
09. Corner Store Feat. Matt Blaque
10. The Best Thing Goin Feat. Too Short, Richie Rich, Devin The Dude, Danica "The Morning Star"
11. I'm Doin My Thang
12. West Side Feat. C-Bo, Glasses Malone
13. Star In The Sky Feat. Devin The Dude
14. Can't Sell Dope 4eva Feat. MC Eiht, Trae
15. East Oakland Feat. Tuffy The Goon, Kafani, Bart, Tajai, Beeda Weeda, Richie Rich, Dru Down, The Delinquents, The Team
16. M.O.E. Money
17. Make It Rain
18. Mobsta Mobsta Feat. The Regime


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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Big Pun: Discografia, Resenha, Vídeos e Traduções


Na semana passada, completaram-se 8 anos da morte de Big Punisher, um dos maiores emcees que o rap pôde apresentar nessas três décadas. Pun, cujo nome foi escolhido em homenagem ao super-herói Punisher, era do Brooklyn e tinha descendência porto-riquenha. Formou junto com alguns amigos, entre eles Fat Joe, o grupo Terror Squad. Seu álbum de estréia, Capital Punishment, alcançou status de platina e foi nomeado para o Grammy de melhor álbum de rap em 1998, o que fez de Pun o primeiro rapper latino a conseguir tais feitos.

Pun ficou conhecido também pelo seus problemas com peso, o que acabou o levando à morte, em 2000. O emcee latino fez sua estréia no álbum de Fat Joe de 1995, Jealous One's Envy, e explodiou no underground nova-iorquino com o single I'm Not A Player e seu remix, Still Not A Player.

Em homenagem a esse grande artista, Boom Bap preparou um especial sobre ele, com toda a discografia para download, todos os vídeos oficiais, a resenha de Capital Punishment e a tradução de duas letras de Pun. É importante ressaltar que, devido à complexidade das letras, é bastante provável que exista alguns erros na tradução. Qualquer correção é bem-vinda.

Discografia: Big Pun

Big Pun - Capital Punishment
1- Intro
2- Beware
3- Super Lyrical (feat. Black Thought)
4- Taster's Choice
5- Still Not a Player (feat. Joe)
6- Intermission
7- The Dream Shatterer
8- Punish Me (feat. Miss Jones)
9- Pakinamac Part. 1
10- You Ain't a Killer
11- Pakinamac Part. 2
12- Caribbean Connection (feat. Wyclef Jean)
13- Glamour Life (feat. Fat Joe, Armageddon, Triple Seis & Cuban Link)
14- Capital Punishment (feat. Prospect)
15- Uncensored (feat. Funkmaster Flex)
16- I'm Not a Player
17- Twinz" (Deep Cover '98) (feat. Fat Joe)
18- The Rain & The Sun (Interlude) (feat. Dead Prez)
19- Boomerang
20- You Came Up (feat. Noreaga)
21- Tres Leches (Triboro Trilogy) (feat. Prodigy & Inspectah Deck)
22- Charlie Rock Shout
23- Fast Money
24- Parental Discretion (feat. Busta Rhymes)

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Big Pun - Yeeeah Baby
1- The Creation
2- Watch Those
3- Off Wit His Head
4- It's So Hard
5- We Don't Care
6- New York Giants
7- My Dick
8- Leather Face
9- Air Pun
10- 100%
11- Wrong Ones
12- Laughing At You
13- Nigga Shit
14- Ms. Martin
15- My Turn
16- You Was Wrong

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Big Pun - Endangered Species
1- Intro
2- You Ain't a Killer
3- Twinz (feat. Fat Joe)
4- Whatcha Gon Do (feat. Terror Squad)
5- How We Roll (feat. Ashanti)
6- Still Not a Player (feat. Joe)
7- Off the Books (feat. The Beatnuts, Cuban Link)
8- Words from Nore (Performed by Noreaga)
9- Banned from T.V. (feat. Noreaga, Jadakiss, Styles P, Nature, Cam'ron)
10- Mamma (feat. Tony Sunshine)
11- The Beat Box
12- Brave in the Heart (feat. Terror Squad)
13- The Dream Shatterer (Original Version)
14- Words with Fat Joe (Performed by Fat Joe)
15- John Blaze (feat. Fat Joe, Nas, Raekwon, Jadakiss)
16- My World
17- Pina Colada (feat. Ruff Ryders, Sheek Louch)
18- Top of the World (Remix) (feat. Brandy, Fat Joe)
19- Livin' la Vida Loca (Remix) (feat. Ricky Martin, Fat Joe, Cuban Link)
20- Fire Water (feat. Fat Joe, Armageddon, Raekwon)
21- Classic Verses (Drop It Heavy and Fantastic 4)
22- Freestyle with Remy Martin
23- Wishful Thinking (feat. Fat Joe, Kool G Rap, B-Real)
24- How We Roll '98

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Resenha: Big Pun - Capital Punishment

Muitos álbuns de rap foram aclamados pela crítica pela música, pelo requinte nos beats, a incrível fusão de ritmos que só o rap pode oferecer, como misturar uma linha de baixo de um reggae com guitarras funkeadas, tudo sobre uma bateria eletrônica hipnotizante. Mas também existem álbuns que alcançaram um entrondoso sucesso graças à outra magia do rap: as rimas. Um destes trabalhos é Capital Punishment, do super-letrista Big Punisher, o primeiro emcee latino a alcançar status de platina.

Vindo diretamente do Brooklyn e de ascendência porto-riquenha, Big Pun mostrou-se um letrista excelente, pegando a fórmula de rimas multi-silábicas e internas, que explodiram com o Illmatic de Nas, e levando ao extremo. Com esquemas de rimas extremamente complexos, aliados a um grande carisma e quase 150 quilos, Big Punisher explodiu como um dos grandes nomes do rap nova-iorquino no começo do novo milênio, tomando de assalto o underground e logo conseguindo um contrato com uma grande gravadora.

Capital Punishment preza exatamente por saber que a grande força é o talento na escrita de Big Pun, e todos os esforços são feitos para evidenciar o lirismo do emcee, e ele não desaponta. São vários os emcees de destaque convidados para o álbum - Black Thought, Inspectah Deck, Prodigy - e Pun devora todos eles, sem piedade. Seus companheiros de Terror Squad, como Fat Joe, Cuban Link e Triple Seis, são engolidos ainda mais facilmente pelo apetite lírico do emcee latino.

No geral, a fúria de Pun é razoavelmente versátil. A predileção é pelos raps de batalha, como em Beware, Super Lyrical e Twinz; mas também há espaço para hinos cafajestes como Still Not A Player, crônicas sobre relacionamentos em Punish Me, exaltação da vida de novo rico em Glamour Life. Como dá para notar, Big Pun não é um emcee com músicas que façam o ouvinte refletir, mas sua habilidade lírica é impecável e sua abordagem é agressiva, crua, o que torna sua música um prato cheio para os fãs do rap hardcore nova-iorquino. Para não ser injusto, em alguns momentos Pun abre seu coração, como em You Came Up, quando ele se recorda da infância e dos momentos difíceis.

Musicalmente, o álbum é diversificado, talvez reflexo da grande variedade de produtores envolvidos. O que predomina são os batidões pesados, bem dosados com faixas mais lentas ou orientadas para boates. Mesmo quando alguns beats soam pouco inspirados, Pun resolve tudo com as rimas. Logo, quando o instrumental é bom, temos um clássico. Alguns destaques: o beat pesado e caótico, estilo Mobb Deep, de Beware; a colagem sensacional do refrão de Super Lyrical; o suíngue de Still Not A Player, ideal para as boates; o toque latino de Caribbean Connection e You Came Up; o batidão, no melhor estilo RZA, de Triboro; e, é claro, o remake sensacional e ainda mais agressivo do clássico Deep Cover, de Dr. Dre e Snoop Dogg, em Twinz.

Entretanto, o grande atrativo do álbum é o flow perfeito e o lirismo impecável de Big Punisher. Capital Punishment elevou Pun ao seleto grupo dos grandes letristas da história do rap, inspirou vários novos emcees e mostrou que um latino conseguiu dominar melhor a língua inglesa do que muitos outros rappers genuinamente americanos.

Vídeos: Big Pun

Still Not A Player:


You Came Up:


Dream Shatterer:


Twinz(Deep Cover 98):


100%:


It's So Hard:

Letra Traduzida: Big Pun - Twinz(Deep Cover 98)

Artist: Big Punisher f/ Fat Joe
Album: Capital Punishment
Song: Twinz (Deep Cover '98) - GÊMEOS(Deep Cover versão 98)

[ Big Punisher ]
Pronto pra guerra Joe, como você quer explodir o espaço deles?
eu conheço esses policiais sujos que vão nos pegar se nós matarmos alguém
pula na sua Hummer, o Punisher está pronto, me encontre no Beatles'
com o Noodles, nós vamos pegar esse maluco enquanto ele tiver comendo espaguete
todo mundo beijando a porra do chão, Joey Crack, acaba com eles
se eles se mexerem, Noodles, atire naquela puta da porra
morta no meio da pequena Itália, nós sabemos pouco
nós explodimos uns intermediários fingindo que eram do gueto

[ Fat Joe ]
Será um dia frio no inferno quando eu chegar lá
sem cometer nenhum erro, eu não vou hesitar em matar
eu ainda sou aquele gordo que você adora odiar, te pego na casa da tua mãe
te espanco, enquanto te quebro todo com o meu revólver 38

[ Big Punisher ]
Eu esfrego a sua cara no chão e amaldiçoo todas as crianças da sua família
como Amityville, furando os nervos da sua cabeça
a insanidade está construindo pavilhões na minha civilização
o canhão é a anarquia que lida com a humanidade
um vilão sem remorso, querendo acabar com seu chefe
pra sempre e pegar todo o dinheiro como o auxílio-família

[ Fat Joe ]
Eu apóio o Pun eu tudo que ele faz, tudo o que ele ama
meu irmão nascido de outra mãe, enviado pelo cara lá de cima
um bandidão que nem eu, um dos melhores
ainda melhor deixando os malucos ajoelhados

[ Big Punisher ]
Nem Spike Lee poderia criar uma cena melhor
você mudou, e eu vou explodir seus miolos e ficar rico

[ Fat Joe ]
Te acertar com a Mac, espancar a sua vadia, qual foi mano?
você tá perdido, meu dedo no gatilho tá coçando pra porra!

[ Big Punisher ]
Jóias grandes, viajando num Land, ouvindo "Cash Rules"
a última crew que nos testou ganhou uma saraivada quando chegou perto

[ Fat Joe ]
É verdade, então quem é o próximo a tentar?
Terror Squad é a melhor no jogo (tire isso do peito criança, admita)

[ Refrão ]
E é isso aí, e você não pára!
Assassino de policiais com uma glock de 20 tiros
yeah, e você não pára!
Joey Crack é a rocha, e Big Pun mantém as armas engatilhadas
Yeah, e você não pára!
nós vamos botar pra quebrar mano, explodir tudo
yeah, e você não pára!
ainda é o velho 187(artigo criminal que indica homicídio) no policial disfarçado

[ Big Punisher ]
Foda-se a polícia, eu atiro primeiro, faço eles comerem sujeira
levo eles direto para o necrotério, então os largo lá num T-bird
as ruas estão amaldiçoadas, a primeira ementa está culturalmente prejudicada
ela deveria nos ajudar com direitos, hoje à noite eu seguro meu rosário
o mais firme que posso, eu sou um homem contra o mundo, só eu e minha garota, Athena Pérola Negra, minha princesa que mantém a real
você sabe como é, nós roubamos dos ricos e mantemos conosco
entende? não há segredo, assista a mim e Joe trocar versos como loucos

[ Fat Joe ]
Venha comigo, enquanto eu viajo no meu Beemer
todas as crianças no gueto me chamam de Don Cartagena
chutando traseiros e atirando direto, e você nunca vai me ver
falando com a polícia, então você deveria saber
que eu realmente não ligo a mínima
te seguro pelo cabelo, corto tua garganta, e te deixo agonizando
então cuidado, é raro os malucos quererem treta, Big Pun fala pra eles
e deixe esses filhos da puta saberem com nós comandamos as ruas

[ Big Punisher ]
Foda-se a paz, eu comando as ruas sem compaixão, porto-riquenhos
conhecidos por furar uns malucos enquanto dormem, sem relaxar
mantenha seus olhos abertos, reflexos apurados
três metralhadoras no Jeep Lexus, só pro caso da polícia nos abordar
professores das ruas, Terror Squad, acadêmicos do gueto
enche o pente, inflige o medo dos Deuses quando o metal grita
melhor reconhececer ou vai ser derrubado até eu gastar o pente todo
nem Heather B poderia me fazer abaixar a glock

[ Fat Joe ]
Nós comandamos bairros, como voltas em câmaras
o chefão da Boogie Down como Nine, eu atiro a toda hora
e mais, eu sou o chefe do crime de Nova Iorque
quando nós falamos para agir, todos os meus manos trazem o cal
e vigiam, eu destruo tudo como O Predador, seja quem for
se quiser, só vir testar baby, e eu vou te enterrar
então lembre-se da Squad que eu represento
eu coloco um pente na minha arma e vou punir esses malucos até chegar o armaggedon

[ Refrão ]

Letra Traduzida: Big Pun - You Came Up

Artist: Big Punisher f/ Noreaga
Album: Capital Punishment
Song: You Came Up - VOCÊ ROUBOU

[ Noreaga ]
Ae, qual o problema baby?
Eu te vi

[ Big Pun ]
Eu ainda não sou um malandro, mas você ainda é um invejoso
ah, Pun, aqui onde estão meus metais
cadê os meus metais?

[ Refrão : Noreaga]
Pun, você chegou com tudo
ae, ae, fazendo acontecer
das rimas nas esquinas do bairro até o disco de platina
mas quando nós saímos, você ainda está pronto pro corre
[ Big Pun ] ae, eu estou pronto pro corre e pronto pra morrer

[ Big Pun ]
Ae, minhas palavras são verdadeiras, e enquanto eu for vivo eu vou cuspi-las
poderia ser um falso gangsta, mas sou um bandidão até ir embora
aqui no Bronx eu comando, representando os cinco bairros
vamos unir a cidade e depois invadir o mundo como uma arma
porque está todo mundo procurando pelo Pun
porque discos de platina para os latinos era o nosso destino
o inevitável, muito melhor do que qualquer coisa que você faça
nós somos elegíveis, GS é incrivelmente credível
pelo lucro que nós estamos tendo, você fica viciado nas rimas
e esses suspiros potentes são como uma dose de injeção
e nunca vai embora
pegue isso com os terroristas da Terror Squad
rapper kamikaze, lançando bombas sonoras desde
que eu era jovem, eu nem sempre fui o Big Pun
nem sempre era engraçado, ae eu cresci nas favelas
eu tinha que pagar minhas contas, dever algumas
mas eu não digo a quem, continuo verdadeiro ao jogo
sem nomes, jogando limpo, só eu e minha crew
sobrevivendo e ficando no topo o maior tempo possível
nós vamos manter assim para você tipo Homey o Palhaço
sempre no corre tipo o Pac, pronto pra morrer ou atirar negro
La da le la la la la la

[ Refrão ]

[ Big Punisher ]
Ae, nada mudou, eu continuo o mesmo
vocês se lembram de mim desde a época do Centipede(jogo de videogame antigo)
durão, um grande negro de volta aos anos setenta
tente me lembrar do meu comportamento agressivo
a maneira pela qual eu mantenho a real é mais importante do que contrato de gravadora
eu costuma relaxar no meu bairro com o Cuban e o Seis
eu ainda faço isso, mas agora é num carrão conversível
meus amigos verdadeiros sempre estarão comigo
os falsos me beijam, me dizem que sentiram minha falta, e depois falam mal de mim
porque eu sou viciado pela vida, seis vezes mais o preço
outros cinquenta dólares para o Cuban, misturados no gelo
uns malucos são trapaceiros, mas eu acabo com todos eles
embora eles gostem de duvidar, eu os transformo em crentes quando deixo o Tyson dentro de mim sair
porque eu posso acreditar apenas em poucos, apenas na minha crew
aqueles da velha escola, eu considero lealmente verdadeiros
eu sou moralmente rude, de um otário para um acadêmico
siga as regras em como desvendar uma conspiração e ganhe um dinheiro
eu quero mandar um salve pros meus manos que representam as ruas
lutando contra o monstro interior, descansando em paz
abençoando minhas crianças e tomando conta de nós
até eu morrer, eu vou alinhar as almas deles
e brilhar por todos nós

[ Refrão ]

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Bizzy Bone & Layzie Bone: Bone Brothers 3

Mais um capítulo da novela envolvendo Bizzy Bone e o resto do Bone Thugs N Harmony. Dessa vez, Layzie resolveu se responsabilizar e bancou a volta do careca para o grupo. Além disso, se juntou a Bizzy para gravar mais um capítulo da série Bone Brothers, em mais uma tentativa de trazer o lendário grupo de volta ao topo do rap.

A boa notícia de Bone Brothers 3 é o retorno de Bizzy Bone à velha forma, com um flow afiadíssimo. Layzie também parece bastante motivado, embora na maioria das vezes seja ofuscado pela performance do careca maluco. Entretanto, o álbum sofre de inconsistência. A produção contribui bastante, soando pouco inspirada em alguns momentos, e contagiando os emcees. A grande vantagem é que, quando o beat atinge um bom nível, também eleva o nível das performances. O começo do álbum é sensacional: Double U tem um piano muito bom e uma linha de baixo que dita o ritmo dos emcees; Cash Money é mais acelerada, com hi-hats estilo Dirty South e uma participação especial do finado Biggie Smalls no final; Fall Pray To Anything encontra os caras num momento mais espiritual, usando muito bem o beat mais calmo; Rollercoaster é o single do álbum, e fala sobre os altos e baixos do grupo, com o refrão típico do Bone; para fechar a seqüência, Lockdown Love é um tributo a Flesh-n-Bone, membro do grupo que está preso.

Porém, quando se pensa que o álbum é um clássico, com todas as faixas muito boas, o nível começa a descer, tornando as coisas um pouco repetitivas. Nem mesmo The Struggle, faixa com todos os membros do Bone, atende às expectativas. A grande lição que fica é que a volta de Bizzy, desde que ele cumpra suas obrigações, é extremamente benéfica para o grupo, e pode auxiliá-los a retomar o sucesso comercial e de crítica do começo da carreira, sem precisar fazer músicas comerciais com parceiros comerciais, como aconteceu no último álbum do grupo.

Bizzy Bone & Layzie Bone - Bone Brothers 3
1. Intro
2. Double U
3. Cash Money Feat. The Notorious BIG
4. Fall Pray To Anything
5. Rollercoaster
6. Lockdown Love (Flesh-n-Bone Dedication) (remix)
7. Streetlife
8. The Struggle (Bone Thugs-n-Harmony) feat. Petey Pablo
9. Double Glocc Glocc
10. This Is A Warning feat. Thin C & Cuttthroat Raw
11. Thug In Yo Life
12. In You Wanna Get Paid
13. Momma

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Vídeo da música Rollercoaster:

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Guru: Jazzmatazz Back To The Future (The Mixtape)

E Guru retorna com mais uma série Jazzmatazz, dessa vez em forma de mixtape. Acredito que todo mundo conhece o cara, então vou ser breve ao falar sobre ele: o cara foi a metade vocal do grupo Gangstarr, que tinha ainda DJ Premier nos beats, e também tem lançado ao longo dos anos a série Jazzmatazz, que funde o rap ao jazz. Particularmente, não sou muito fã do Guru, acho o flow dele fraco e meio que monótono, talvez até pela voz dele. Mas também é um letrista acima da média e sempre esteve acompanhado de bons produtores. Depois de Premier, ele se juntou a Solar(não é o emcee francês) para produzir os álbuns Jazzmatazz.

O que chamou a atenção nessa mixtape foi o tipo de convidados do projeto. Nomes bastante alternativos - Zion I, Aceyalone, Mr. Lif, Blue Scholars e Common Market - que são conhecidos e aclamados em suas regiões, mas ainda não alcançaram um grande sucesso. Nos beats, Solar faz um bom trabalho, diversificando sem perder o toque jazzy, ora amenizando, ora indo mais profundamente neste lado. 7 Grand Yall tem o sample clássico de Bob James que a maioria já conhece . A participação de Aceyalone em So What It Do Now fecha com chave de ouro uma faixa com um beat relax e muito bom; O piano preguiçoso em The Game Needs Me também se destaca, mas é em Back To The Future, com os Digable Planets, que o jazz alcança seu ápice.

Outro fato interessante é que, sendo uma mixtape, as faixas são mixadas como tal, ao contrário de muitos trabalhos que são lançados como mixtape, mas na verdade são apenas coletâneas, ou álbuns mesmo. O trabalho de Guru em juntar rap e jazz continua forte e merece elogios, pois tem trazido sempre grandes resultados e grandes músicas. Quando se junta grandes convidados ao projeto então...

Guru - Jazzmatazz Back To The Future(The Mixtape)
01. Intro (Don Gurizzy)
02. Knowledge feat. Lord Tariq
03. 7 Grand Ya'll feat. Solar
04. For Ya Mind feat. Zion I
05. Peace! feat. K-Born, Highpower & Solar
06. State of Clarity feat. Common (Solar Remix)
07. Who Got It On Lock feat. Doo Wop
08. B-Boy Kamikaze feat. Tony Touch & Doo Wop (Diaz Brothers)

09. Too Slice feat. Yungun
10. So What It Do Now feat. Aceyalone
11. We Got That feat. Nature & Solar
12. Jazzy Wayz (7 Grand Exclusive)
13. Stand Up (Some Things'll Never Change) (Reggae Mix) feat. Damian Marley
14. Hot Like That feat. Medinah
15. No Need for Stress
16. Back to the Future feat. Caron Wheeler & C.Knowledge (Digable)
17. Assasino feat. Young Pablo
18. The Game Needs Me feat. Blue Scholars & Common Market

19. Feed the Hungry (Solar Remix)
20. Can't Stop the Movement (7 Grand) feat. Ms. Camille

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Kool G Rap: Half a Klip

Novo disco de uma das maiores lendas do rap. Kool G Rap faz parte da época de ouro do hip hop americano, que despontou no final da década de 80. Logo de cara, G Rap se sobressaiu, usando temáticas diferentes(falava sobre mafiosos e o estilo de vida deles) e técnicas mais apuradas(foi um dos primeiros a usar a rima multi-silábica e fazer um verso usando sempre a mesma rima). O sucesso e conceito de álbuns posteriores de sucesso - como Only Built 4 Cuban Linx, de Raekwon, e Reasonable Doubt, de Jay-Z, ambos calcados em temas sobre mafiosos - é creditado também a G Rap.

Depois de quase 6 anos sem lançar um novo álbum, Kool G Rap volta com Half A Klip, um álbum curto, com apenas 11 faixas, algumas assinadas por nomes como Marley Marl e DJ Premier. Líricamente, não há nada a reclamar do cara: ele continua com um flow agressivo e rimas certeiras e bem elaboradas. A produção também é correta, traz um pouco de volta o som do começo dos anos 1990, beats pesados e samples bem sacados, embora cometa alguns erros, como a tentativa de hit Turn It Out, totalmente fora de lugar no álbum. Em compensação, What's More Realer Than That é um batidão, com metais melancólicos no fundo. O piano ao fundo de The Life também merece destaque. Infelizmente, a faixa produzida por Premier, On The Rise Again, acabou ficando abaixo das expectativas, soando meio que repetitiva, embora G Rap tenha uma boa performance nela.

No mais, é bom ver uma das lendas do rap ainda lançando álbuns e se mantendo atual, sem precisar mudar seus conceitos. Half A Klip não é o melhor álbum da carreira de Kool G Rap, mas ainda assim tem valor, principalmente na cena atual, carente de emcees com o talento lírico do cara.

Kool G Rap - Half A Klip
  1. Risin' Up
  2. Turn It Out
  3. 100 Rounds (Original Version)
  4. The Life
  5. Typical Nigga
  6. What's More Realer Then That?
  7. I Feel Bad For You Son
  8. With A Bullet
  9. On The Rise Again (featuring Haylie Duff)
  10. Bonus 1 (What's More Realer Then That? [Remix])
  11. Bonus 2 (On The Rise Again [Clean Version] featuring Haylie Duff)
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