Voltando às femcees - a Amanda Diva fez sucesso -, apresento agora Invincible, uma emcee/ativista de Detroit, extremamente talentosa e dona de uma incrível habilidade lírica, que combina técnica impecável a rimas inteligentes. Como eu disse acima, além de emcee, ela é ativista e faz trabalhos sociais nas escolas de sua cidade, além de participar de uma organização de ajuda aos palestinos. Com esse currículo, dá para ver que a menina não está de brincadeira. Shapeshifters é seu álbum de estréia, e conta com produções de Black Milk e Waajeed, do Platinum Pied Pipers, sendo recebido com elogios quase unânimes por toda a crítica especializada nos EUA.
E, de fato, o álbum merece todos os elogios. Invincible é uma emcee incrível, escreve muito bem e discorre sobre temas interessantes. Ela tem um daqueles flows complexos, dificílimos, praticamente impossíveis de serem acompanhados - lembram de AZ no começo da carreira? É no mesmo estilo. Faixa após faixa, ela segue quebrando tudo, rimando como se dependesse daquilo para sobreviver. Quanto aos tópicos, ela varia desde a situação da Palestina, críticas à sociedade americana, relacionamentos e problemas de Detroit. O mais incrível é que, mesmo com uma escrita complexa, ela ainda consegue passar sua mensagem perfeitamente - algo digno de grandes emcees.
Um ponto a favor de Invincible é o seu bom gosto para os beats. O álbum é composto majoritariamente por beats acelerados - o que combina muito bem com o flow dela - e sons graves, embora não totalmente sombrios. Looongawaited é a introdução em grande estilo do álbum, um beat agressivo, com caixas fortes, enquanto Sledgehammers possui um sample interessante, embora um pouco repetitivo. People Not Places, a tal faixa sobre a Palestina, traz um sample de instrumentos típicos da região, o que torna o beat muito mais significativo. No Easy Answers, na qual ela discute relacionamentos, tem pianos frenéticos e bateria pesada, num dos melhores beats do álbum. Por fim, Deuce/ypsi é um beat extremamente complexo, com loops vocais, riffs de guitarra e vários outros elementos indo e vindo durante a faixa.
Uma das coisas mais legais de escrever um blog como o Boom Bap é descobrir artistas talentosos e desconhecidos, e "apresentá-los" para um número razoável de pessoas. Invincible criou um álbum MUITO bom, com tudo o que é necessário: bons beats, rimas excelentes, flow perfeito e mensagem relevante. É de mulheres como ela, Jean Grae e Amanda Diva que o rap precisa, não aquelas que mantém-se no jogo graças a dotes físicos, afinal de contas, como a própria Invincible diz, ela quer "ser uma das melhores da história, ponto final, não apenas uma daquelas com peitos grandes e menstruação".
E, de fato, o álbum merece todos os elogios. Invincible é uma emcee incrível, escreve muito bem e discorre sobre temas interessantes. Ela tem um daqueles flows complexos, dificílimos, praticamente impossíveis de serem acompanhados - lembram de AZ no começo da carreira? É no mesmo estilo. Faixa após faixa, ela segue quebrando tudo, rimando como se dependesse daquilo para sobreviver. Quanto aos tópicos, ela varia desde a situação da Palestina, críticas à sociedade americana, relacionamentos e problemas de Detroit. O mais incrível é que, mesmo com uma escrita complexa, ela ainda consegue passar sua mensagem perfeitamente - algo digno de grandes emcees.
Um ponto a favor de Invincible é o seu bom gosto para os beats. O álbum é composto majoritariamente por beats acelerados - o que combina muito bem com o flow dela - e sons graves, embora não totalmente sombrios. Looongawaited é a introdução em grande estilo do álbum, um beat agressivo, com caixas fortes, enquanto Sledgehammers possui um sample interessante, embora um pouco repetitivo. People Not Places, a tal faixa sobre a Palestina, traz um sample de instrumentos típicos da região, o que torna o beat muito mais significativo. No Easy Answers, na qual ela discute relacionamentos, tem pianos frenéticos e bateria pesada, num dos melhores beats do álbum. Por fim, Deuce/ypsi é um beat extremamente complexo, com loops vocais, riffs de guitarra e vários outros elementos indo e vindo durante a faixa.
Uma das coisas mais legais de escrever um blog como o Boom Bap é descobrir artistas talentosos e desconhecidos, e "apresentá-los" para um número razoável de pessoas. Invincible criou um álbum MUITO bom, com tudo o que é necessário: bons beats, rimas excelentes, flow perfeito e mensagem relevante. É de mulheres como ela, Jean Grae e Amanda Diva que o rap precisa, não aquelas que mantém-se no jogo graças a dotes físicos, afinal de contas, como a própria Invincible diz, ela quer "ser uma das melhores da história, ponto final, não apenas uma daquelas com peitos grandes e menstruação".
Invincible - Shapeshifters
1. State of Emergency Intro (prod. Black Milk)
2. Looongawaited (prod. Vaughan T of LABTECHS)
3. Sledgehammer! (prod. 14KT and Haircut of LABTECHS)
4. People Not Places w/ Abeer (prod. Vaughan T of LABTECHS)
5. Spacious Skies (prod. Apex)
6. No Easy Answers (prod. 14KT of LABTECHS)
7. Deuce/Ypsi w/ Buff1, SUN, PL (prod. Djimon and Jayhask, co-producer Belief)
8. Recognize w/ Finale (prod. Black Milk)
9. Ransom Note w/ ANOMOLIES (prod. Belief)
Grace Shift interlude featuring Grace Lee Boggs
10. ShapeShifters (prod. Waajeed of bling47)
11. Ropes w/ Tiombe Lockhart (prod. Knowledge)
12. Keep Goin w/ Wordsworth and Indeed (prod. Waajeed of bling47)
13. In The Mourning (prod. Waajeed of bling47)
Bonus: Locusts w/ Finale (prod. House Shoes)
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