Ano: 2009
Gravadora: E1 Entertainment
Produtores: Street Runner (faixas 1, 4 e 11), The Real Focus (2), The Alchemist (3), DJ Khalil (5 e 7), Emile (9 e 15), RealSon (12), Mr. Porter (13), Filthy Rockwell (14).
Participações: Kay Young (faixa 2), The New Royales (5), Fatman Scoop (9), Pharoahe Monch, (11), Novel (13), Melanie Rutherford (14).
A história parece roteiro de cinema: quatro emcees reconhecidamente talentosos nunca tiveram o mesmo sucesso em vendas graças à pouca atenção que receberam de suas respectivas gravadoras. Revoltados, resolvem se juntar para fazer barulho e ao mesmo tempo mostrar ao mainstream de um gênero ultra explorado do que se trata realmente fazer a música que eles aprenderam a amar. Desligue a câmera, as luzes, corte a ação. Isto não é a sinopse de um filme. É a biografia do super grupo Slaughterhouse, formado por rappers de alguns dos berços mais prolíficos do rap: Crooked I, da Califórinia, Royce da 5'9'', de Detroit, Joell Ortiz e Joe Budden, ambos de Nova Iorque.
Depois de tantas provações, eles lançam o álbum de estreia, também chamado "Slaughterhouse". A ideia fixa de massacre não é à toa e, felizmente, não sai muito da agressividade demonstrada nas batidas, rimas e levadas dos quatro rappers - a única exceção é a tentativa imbecil de treta com Method Man por parte de Joe Budden. Para quem achava que os bons letristas tinham sumido do mainstream do rap, a trupe capitaneada por Royce da 5'9'' mostra que, sim, ainda é possível fazer um trabalho mais competível com as rádios sem perder as qualidades líricas.
O primeiro single, "The One", é bom exemplo disso. Cortesia de DJ Khalil, o beat com levada roqueira e refrão pop é apenas um palco para que os quatro emcees subam e destilem ferocidade, recheada de metáforas irônicas e referências a ícones da cultura popular. Aliás, é esta receita que permeia boa parte do álbum. Espere muitas rimas de batalha, analogias bem pensadas e uma autoconfiança invejável. Nestes quesitos, nenhum dos integrantes consegue alcançar o nível de Crooked I. O californiano simplesmente domina faixas como "Microphone" e "Lyrical Murderers", talhadas perfeitamente para o seu estilo. Na última, Crooked dá show de técnica e carisma:
"Assassino lírico, culpe Rakim
Eu sou um atirador abrindo caminho a tiros no seu top 10 de merda
pistola na sua cabeça se eu não estiver próximo de Eminem
então eu gozo na sua cara como se eu estivesse comendo a Lil Kim
é melhor os manos rezarem para o senhor lírico
de onde eu caí como um cordão umbilical antes de preencher o necrotério
assim é uma gravação assassina
com uma espada de dois gumes e sílabas triplas, eu sou melhor que todos
Dineri, veja, eu sou um gênio literário
enterro os caras com palavras, um cemitério linguístico
a maioria dos rappers é comédia
eles são tipo o buraco de sodomia do namorado deles - cheios de MERDA!"
Já conscientes de que faixas e faixas de massacre lírico poderia deixar o disco maçante, os caras ainda se preocuparam em diversificar o teor das músicas. Assim, a segunda metade do álbum fica mais calma, com direito a Pharoahe Monch cantando o refrão de "Salute" ou os quatro emcees apresentando uma pequena autobiografia na emocionante "Rain Drops". Ainda há tempo para Mr. Porter oferecer um pouco de soul de Detroit no ótimo instrumental de "Cut You Loose".
Falando em instrumental, este é o calcanhar de Aquiles de "Slaughterhouse". Por um lado, é perfeitamente compreensível que um projeto tão voltado para o lirismo imponha um papel coadjuvante às batidas. Porém, do outro, fica complicado para um álbum que não quer perder a audiência das rádios e da MTV não ter uma boa seleção de batidas. O resultado é um disco com poucos beats que realmente chamem atenção. Fora as já citadas "Cut You Loose" e "The One", a faixa de abertura "Sound Off", com seus metais triunfantes, e a funky "Not Tonight" merecem menção honrosa.
Entretanto, não se pode condenar a casa de massacres. Todos os rappers cumprem à risca suas atribuições, mostram uma química incrível e um arsenal quase infinito de versos originais. Mais do que uma demonstração de que é possível rimar em alto nível sem perder as rádios de vista, "Slaughterhouse" é uma mostra do quão talentosos são Crooked I, Royce Da 5'9'', Joe Budden e Joell Ortiz; uma forma de mostrar às gravadoras que um dia desprezaram estes caras o prejuízo que elas tiveram. Uma volta por cima, esta pode ser uma das inúmeras definições para este disco.
Slaugherhouse - SlaughterhouseGravadora: E1 Entertainment
Produtores: Street Runner (faixas 1, 4 e 11), The Real Focus (2), The Alchemist (3), DJ Khalil (5 e 7), Emile (9 e 15), RealSon (12), Mr. Porter (13), Filthy Rockwell (14).
Participações: Kay Young (faixa 2), The New Royales (5), Fatman Scoop (9), Pharoahe Monch, (11), Novel (13), Melanie Rutherford (14).
A história parece roteiro de cinema: quatro emcees reconhecidamente talentosos nunca tiveram o mesmo sucesso em vendas graças à pouca atenção que receberam de suas respectivas gravadoras. Revoltados, resolvem se juntar para fazer barulho e ao mesmo tempo mostrar ao mainstream de um gênero ultra explorado do que se trata realmente fazer a música que eles aprenderam a amar. Desligue a câmera, as luzes, corte a ação. Isto não é a sinopse de um filme. É a biografia do super grupo Slaughterhouse, formado por rappers de alguns dos berços mais prolíficos do rap: Crooked I, da Califórinia, Royce da 5'9'', de Detroit, Joell Ortiz e Joe Budden, ambos de Nova Iorque.
Depois de tantas provações, eles lançam o álbum de estreia, também chamado "Slaughterhouse". A ideia fixa de massacre não é à toa e, felizmente, não sai muito da agressividade demonstrada nas batidas, rimas e levadas dos quatro rappers - a única exceção é a tentativa imbecil de treta com Method Man por parte de Joe Budden. Para quem achava que os bons letristas tinham sumido do mainstream do rap, a trupe capitaneada por Royce da 5'9'' mostra que, sim, ainda é possível fazer um trabalho mais competível com as rádios sem perder as qualidades líricas.
O primeiro single, "The One", é bom exemplo disso. Cortesia de DJ Khalil, o beat com levada roqueira e refrão pop é apenas um palco para que os quatro emcees subam e destilem ferocidade, recheada de metáforas irônicas e referências a ícones da cultura popular. Aliás, é esta receita que permeia boa parte do álbum. Espere muitas rimas de batalha, analogias bem pensadas e uma autoconfiança invejável. Nestes quesitos, nenhum dos integrantes consegue alcançar o nível de Crooked I. O californiano simplesmente domina faixas como "Microphone" e "Lyrical Murderers", talhadas perfeitamente para o seu estilo. Na última, Crooked dá show de técnica e carisma:
"Assassino lírico, culpe Rakim
Eu sou um atirador abrindo caminho a tiros no seu top 10 de merda
pistola na sua cabeça se eu não estiver próximo de Eminem
então eu gozo na sua cara como se eu estivesse comendo a Lil Kim
é melhor os manos rezarem para o senhor lírico
de onde eu caí como um cordão umbilical antes de preencher o necrotério
assim é uma gravação assassina
com uma espada de dois gumes e sílabas triplas, eu sou melhor que todos
Dineri, veja, eu sou um gênio literário
enterro os caras com palavras, um cemitério linguístico
a maioria dos rappers é comédia
eles são tipo o buraco de sodomia do namorado deles - cheios de MERDA!"
Já conscientes de que faixas e faixas de massacre lírico poderia deixar o disco maçante, os caras ainda se preocuparam em diversificar o teor das músicas. Assim, a segunda metade do álbum fica mais calma, com direito a Pharoahe Monch cantando o refrão de "Salute" ou os quatro emcees apresentando uma pequena autobiografia na emocionante "Rain Drops". Ainda há tempo para Mr. Porter oferecer um pouco de soul de Detroit no ótimo instrumental de "Cut You Loose".
Falando em instrumental, este é o calcanhar de Aquiles de "Slaughterhouse". Por um lado, é perfeitamente compreensível que um projeto tão voltado para o lirismo imponha um papel coadjuvante às batidas. Porém, do outro, fica complicado para um álbum que não quer perder a audiência das rádios e da MTV não ter uma boa seleção de batidas. O resultado é um disco com poucos beats que realmente chamem atenção. Fora as já citadas "Cut You Loose" e "The One", a faixa de abertura "Sound Off", com seus metais triunfantes, e a funky "Not Tonight" merecem menção honrosa.
Entretanto, não se pode condenar a casa de massacres. Todos os rappers cumprem à risca suas atribuições, mostram uma química incrível e um arsenal quase infinito de versos originais. Mais do que uma demonstração de que é possível rimar em alto nível sem perder as rádios de vista, "Slaughterhouse" é uma mostra do quão talentosos são Crooked I, Royce Da 5'9'', Joe Budden e Joell Ortiz; uma forma de mostrar às gravadoras que um dia desprezaram estes caras o prejuízo que elas tiveram. Uma volta por cima, esta pode ser uma das inúmeras definições para este disco.
01. Sound Off
02. Lyrical Murderers
03. Microphone
04. Not Tonight
05. The One
06. In The Mind Of Madness (Skit)
07. Cuckoo
08. The Phone Call (Skit)
09. Onslaught 2
10. The Phone Call 2 (Skit)
11. Salute
12. Pray (It’s A Shame)
13. Cut You Loose
14. Rain Drops
15. Killaz
Vídeo da faixa "The One":
5 comentários:
É, realmente esse album superou as espectativas. Dá até pra esquecer a besteira q o Budden tentou fazer com o Mza! Vlw o post!
Rap de verdade!!!! Crooked I é monstrao!!!!!!!!
muito loko esse grupo;; das primeiras faixas que eu ouvi, não tinha gostado muito não;; mas depois que eu ouvi The One, minha opinião mudo completamente sobre esse grupo;;
muito foda.
parabéns pelo blog mano!
aew mano, tem como postar um link pra esse album ae;; procurei em todo lugar e não achei nenhum... vlw
Eu amei de verdade ,mas não acho o link pra baxar em lugar nenhum,alguem por favor?
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