Depois de mais de 10 anos sem lançar algo juntos, a dupla Rock e Ruck(agora, Sean Price) finalmente volta à cena, buscando a volta definitiva por cima. Depois de fazerem sucesso com o primeiro disco e fracassarem no segundo, os caras se separaram, pois Rock, na época o mais aclamado, graças a voz e flow inconfundíveis, queria começar uma carreira solo, projeto que falhou. Anos depois, ironicamente, foi Ruck, ressurgido como Sean Price, quem colocou o nome da dupla de volta nos holofotes, graças a uma bem sucedida carreira solo, com dois discos muito elogiados. Para marcar de vez a volta do Heltah Skeltah, os dois juntaram forças para um novo disco.
A primeira certeza que se tem ao ouvir o disco é a de que o carisma da dupla é algo incomparável. Se separados eles já têm grande apelo, juntos são ainda melhores. A química entre os dois é evidente a cada rima trocada, a cada refrão compartilhado, e isso torna a audição do disco extremamente agradável - é como se dois velhos amigos se reencontrassem e resolvessem se divertir gravando músicas. Não à toa, uma das faixas do disco se chama Twinz, ou gêmeos em português. Produzida por Soul Theory e guiada por um baixo eletrônico, a faixa tem os dois emcees afiadíssimos e fazendo jus ao título. Contrariando a maioria dos discos de rap, a Intro é bem criativa e útil, com Rock usando em seu verso todo os nomes das faixas do álbum para introduzir o projeto ao ouvinte.
Se Rock e Sean Price estão bastante azeitados, o mesmo não ocorre com os instrumentais. Alguns beats não sobressaem, talvez até por causa da bela performance dos emcees, mas é fato que os melhores momentos do disco ocorrem quando os dois rimam sobre batidas à altura. Everything Is Heltah Skeltah, o primeiro single e produzido por Illmind, é um bom exemplo: usando o mesmo sample de Mozart já utilizado por Nas na famosa I Can, o produtor evita o loop simples e picota o sample a fim de tornar o beat mais complexo. Junte isso a rimas afiadas e um refrão bem humorado, e você terá a melhor faixa do disco. Já Marco Polo abençoa a dupla com a suja Insane, um beat com um piano minimalista e uma bateria irresístivel, além de um sample vocal ecoando "insane" a toda hora. The Art of Disrespekinazation vê um Khrysis saindo do terreno das batidas soul de 9th Wonder para experimentar com samples mais eletrônicos - o resultado é uma melodia contagiante seguida por uma batida seca.
Enfim, o grande atrativo do álbum é a volta em grande estilo de Rock e Ruck. Os dois têm uma performance bastante consistente durante todo o álbum - Rock com seu flow marcante e Ruck com suas rimas multi-silábicas e bem humoradas. Pena que nem todos os beats tenham conseguido se impor perante os emcees. Talvez se os Beatminerz, produtores responsáveis pelo primeiro disco da dupla, tivessem colaborado com alguns instrumentais, o disco seria ainda melhor cotado.
Se Rock e Sean Price estão bastante azeitados, o mesmo não ocorre com os instrumentais. Alguns beats não sobressaem, talvez até por causa da bela performance dos emcees, mas é fato que os melhores momentos do disco ocorrem quando os dois rimam sobre batidas à altura. Everything Is Heltah Skeltah, o primeiro single e produzido por Illmind, é um bom exemplo: usando o mesmo sample de Mozart já utilizado por Nas na famosa I Can, o produtor evita o loop simples e picota o sample a fim de tornar o beat mais complexo. Junte isso a rimas afiadas e um refrão bem humorado, e você terá a melhor faixa do disco. Já Marco Polo abençoa a dupla com a suja Insane, um beat com um piano minimalista e uma bateria irresístivel, além de um sample vocal ecoando "insane" a toda hora. The Art of Disrespekinazation vê um Khrysis saindo do terreno das batidas soul de 9th Wonder para experimentar com samples mais eletrônicos - o resultado é uma melodia contagiante seguida por uma batida seca.
Enfim, o grande atrativo do álbum é a volta em grande estilo de Rock e Ruck. Os dois têm uma performance bastante consistente durante todo o álbum - Rock com seu flow marcante e Ruck com suas rimas multi-silábicas e bem humoradas. Pena que nem todos os beats tenham conseguido se impor perante os emcees. Talvez se os Beatminerz, produtores responsáveis pelo primeiro disco da dupla, tivessem colaborado com alguns instrumentais, o disco seria ainda melhor cotado.
Heltah Skeltah - Da Incredible Rap Team (D.I.R.T.)
01. Intro (feat. DonRocko, BummyFlyJab, Alkatraz)(prod. by D Dot)
02. Everything Is Heltah Skeltah (prod. by Ill Mind)
03. The Art Of Disrespekinazation (prod. by Khrysis)
04. Da Beginning Of Da End (prod. by 10)
05. Twinz (prod. by Sould Theory)
06. D.I.R.T. (Another Boot Camp Clik Yeah Song) (prod. by Khrysis)
07. So Damn Tuff (feat. Buckshot & Ruste Juxx) (prod. by Ill Mind)
08. Insane (prod. by Marco Polo)
09. W.M.D. (feat. Smif N Wessun) (prod. by M-Phazes)
10. That’s Incredible (prod. by Double Up)
11. Ape Food (feat. The Representativz) (prod. by Stu Bangas)
12. Hellz Kitchen (prod. by Evidence)
13. Smack Muzik (feat. Flood) (prod. By Sic Beats)
14. Ruck N Roll (prod. by Stu Bangas)
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Vídeo da faixa Everything is Heltah Skeltah:
Heltah Skeltah - "Ruck N Roll" Music Video