Pouco menos de dois anos depois do primeiro volume, um álbum polêmico do Wu e um solo mediano, RZA volta à cena, com a seqûência do anime japonês Afro Samurai. Desta vez, o produtor/emcee repetiu a fórmula de misturar alguns nomes famosos do rap aos artistas com os quais ele trabalha. Assim, caras como Kool G Rap, Killah Priest, Rah Digga, Ghostface Killah e Inspectah Deck juntam-se a Rugged Monk, Reverand William Burks e Stone Mecca para lidar com os beats do Abbot.
Agindo como o denominador comum do projeto, RZA apresenta produções bastante variadas, ainda na linha dos seus últimos trabalhos. A exemplo deles, Afro Samurai Resurrection sofre de grande inconsistência: tem ótimas faixas e outras dignas de fast forward. O grande mérito do produtor aqui é testar novos horizontes: enquanto seus tempos áureos consistiram de beats esparsos, este novo projeto mostra uma atenção ao detalhe e uma complexidade elogiáveis. RZA apela para sonoridades mais obscuras e andamentos mais lentos, alcançando um efeito quase cinematográfico em algumas faixas.
Pelos emcees, o veterano Kool G Rap é o grande destaque, roubando a cena nas duas faixas em que participa, com as já tradicionas rimas multi-silábicas relatando o cotidiano urbano. Os únicos representantes do Wu-Tang, Ghostface e Inspectah Deck, colaboram com um verso cada, mas não chamam a atenção. Dentre as crias de RZA, a cantora holandesa Thea se sai bem em pequenas quantidades, mas falha em sua faixa solo, enquanto o emcee Reverand William Burks aproveita todas as chances no microfone.
No melhor estilo 8 ou 80, Afro Samurai Resurrection oferece algumas faixas bastante interessantes: Whar é um bom exemplo da minúcia de RZA, com uma linha de baixo destacada e zumbidos de abelhas passeando pelos canais estéreos ininterruptamente. Bloody Samurai tem um sample de violino espetacular, que, complementado por uma bateria simples e bem marcada, dá o clima perfeito para a faixa, a melhor do disco. Ainda há tempo para Shavo, do System of a Down, unir-se a RZA para dar mais uma prévia do grupo Achozen na pesada Dead Birds, dominada por guitarras e violinos, numa boa mistura., Brother's Keepers oferece um bom refrão por parte de Infinite e caixas graves irresistíveis, enquanto Take The Sword incorpora elementos de música japonesa no beat e Number One Samurai mostra a reunião do Abbot com seu irmão mais novo 9th Prince, na faixa mais reminiscente do som do Wu presente no álbum.
Apesar de todas as críticas dos fãs - e até de alguns membros do Wu -, RZA mantém seu foco no desenvolvimento de um novo som, e dá mais um passo à frente com Afro Samurai Resurrection. Embora a insistência com alguns nomes inexpressivos prejudique o lado "vocal" do álbum, alguns instrumentais estão entre os mais interessantes feitos pelo produtor nos últimos anos. De quebra, a música casa perfeitamente com a nova temporada do anime - o que é o mais importante, afinal esta é uma trilha sonora.
RZA presents Afro Samurai ResurrectionAgindo como o denominador comum do projeto, RZA apresenta produções bastante variadas, ainda na linha dos seus últimos trabalhos. A exemplo deles, Afro Samurai Resurrection sofre de grande inconsistência: tem ótimas faixas e outras dignas de fast forward. O grande mérito do produtor aqui é testar novos horizontes: enquanto seus tempos áureos consistiram de beats esparsos, este novo projeto mostra uma atenção ao detalhe e uma complexidade elogiáveis. RZA apela para sonoridades mais obscuras e andamentos mais lentos, alcançando um efeito quase cinematográfico em algumas faixas.
Pelos emcees, o veterano Kool G Rap é o grande destaque, roubando a cena nas duas faixas em que participa, com as já tradicionas rimas multi-silábicas relatando o cotidiano urbano. Os únicos representantes do Wu-Tang, Ghostface e Inspectah Deck, colaboram com um verso cada, mas não chamam a atenção. Dentre as crias de RZA, a cantora holandesa Thea se sai bem em pequenas quantidades, mas falha em sua faixa solo, enquanto o emcee Reverand William Burks aproveita todas as chances no microfone.
No melhor estilo 8 ou 80, Afro Samurai Resurrection oferece algumas faixas bastante interessantes: Whar é um bom exemplo da minúcia de RZA, com uma linha de baixo destacada e zumbidos de abelhas passeando pelos canais estéreos ininterruptamente. Bloody Samurai tem um sample de violino espetacular, que, complementado por uma bateria simples e bem marcada, dá o clima perfeito para a faixa, a melhor do disco. Ainda há tempo para Shavo, do System of a Down, unir-se a RZA para dar mais uma prévia do grupo Achozen na pesada Dead Birds, dominada por guitarras e violinos, numa boa mistura., Brother's Keepers oferece um bom refrão por parte de Infinite e caixas graves irresistíveis, enquanto Take The Sword incorpora elementos de música japonesa no beat e Number One Samurai mostra a reunião do Abbot com seu irmão mais novo 9th Prince, na faixa mais reminiscente do som do Wu presente no álbum.
Apesar de todas as críticas dos fãs - e até de alguns membros do Wu -, RZA mantém seu foco no desenvolvimento de um novo som, e dá mais um passo à frente com Afro Samurai Resurrection. Embora a insistência com alguns nomes inexpressivos prejudique o lado "vocal" do álbum, alguns instrumentais estão entre os mais interessantes feitos pelo produtor nos últimos anos. De quebra, a música casa perfeitamente com a nova temporada do anime - o que é o mais importante, afinal esta é uma trilha sonora.
1. Combat (Afro Season II Open Theme)-The RZA & P. Dot
2. You Already Know-Kool G Rap, Inspectah Deck & Suga Bang
3. Blood Thicker Than Mud Family Affair-Reverend William Burks, Sly Stone & Stone Mecca
4. Whar-Kool G Rap, Ghostface Killah, Tash Mahogany & The RZA
5. Girl Samurai Lullaby-Rah Digga & Stone Mecca
6. Fight For You-Thea Van Seijen
7. Bitch Gonna Get Ya-Rah Digga
8. Bloody Days Bloody Nights- Prodigal Sunn &Thea Van Seijen
9. Kill Kill Kill-Rugged Monk
10. Nappy Afro-Boy Jones
11. Bloody Samurai-Black Knights, Dexter Wiggles & Thea Van Seijen
12. Dead Birds-Killa Priest, Prodigal Sunn & Shavo
13. Arch Nemesis-Ace & Moe Rock
14. Brother's Keeper-Reverend William Burks, The RZA & Infinite
15. Yellow Jackets-Ace & Moe Rock
16. Take The Sword Part III-60 Second Assassin, Leggezin, Crisis, Christ Bearer, Rugged Monk, Tre Irie, Kinetic, Reverend William Burks & Bobby Digital
17. Number One Samurai (Afro Season II Outro)-The RZA & 9th Prince
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4 comentários:
Ainda não escutei o segundo volume, mas pela resenha já se tem uma idéia do trabalho. O RZA vem mostrando uma tematica diferente para seus sons, não é igual aquilo que ele fez na década de noventa e também foge do que muitos estão fazendo hoje. O primeiro volume foi bom, o Album do Wu na minha opinião foi ótimo e seu disco solo foi diferente, com muitas experimentações. E, agora com esse novo projeto, acredito, que ele traz novos ares para suas produções. Vou ouvir, depois dou minha opinião.
Valeu.
Muito bom o som.
A muito tempo que não escuto um RZA assim.
Esse vale a pena tirar o escorpião do bolso e comprar.
Opa... parece que o link ta quebrado e nao consigo achar em outro lugar. Caso alguem saiba de um outro link ficarei agradecido.
http://kickass.to/usearch/afro%20samurai%20category:music/
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