Gravadora: Year Round Records
Ano: 2009
Produtores: DJ Premier ( faixas 1,3,4,5,6,7,8,10,11,12,13,14 e 15), Easy Mo Bee (faixa 2), Gemcrates (faixa 9).
Participações: KL (faixa 2), Nick Javas (5), NYGz (5), N.O.R.E. (8), Panchi (10), Imani Montana (10), Lil'Fame (14), Shabeeno (14).
Em tempos de recessão também no rap, dá para imaginar a expectativa que se cria quando um álbum 90% produzido por DJ Premier é lançado. Este é o caso de "Tha Blaqprint", projeto do veterano de Queensbridge Blaq Poet, que volta ao jogo três anos depois de seu disco de estreia, o elogiado "Rewind: Deja Screw". A bem da verdade, Poet anunciou que este novo registro é uma espécie de pré-álbum, apenas um aquecimento para um trabalho "a sério" que está por vir. De fato, "Tha Blaqprint" tem algumas faixas já conhecidas do público, com cerca de metade das músicas inéditas.
A grande intenção de Poet com este álbum e mergulhar de volta àquele rap hardcore das ruas de Nova Iorque. Embora esta ideia de resgate da golden age já comece a ficar saturada, em "Tha Blaqprint" há uma razão especial: Poet é um veterano, membro da antiga Juice Crew, e tem transitado pelo Hip Hop desde a explosão do gênero, há 20 anos atrás. Apesar disso, ele nunca teve o reconhecimento merecido, sumiu no momento em que a época dourada. Agora, em 2009, ele tenta recuperar o tempo perdido.
Nada melhor do que tentar voltar às raízes do que ter uma lenda daquela era no comando da produção. DJ Premier é o responsável por 13 das 15 faixas do disco, e traz aquela estética boom-bap minimalista que sempre o marcou. Porém, esta não é a contribuição mais consistente da carreira de Primo. Talvez até por questão de estratégia, alguns beats soam simplistas - uma forma de servir como background para Poet?. Nem por isso, há momentos elevados.
O primeiro single, "Ain't Nuttin Changed", é uma monstruosidade, na qual Primo combina três diferentes samples no mesmo loop e ainda sampleia Akon (!) no seu famoso refrão com scratches. "Voices" segue o conceito da faixa de forma magistral, com vozes fantasmagóricas no fundo e excertos obscuros pontuando o loop. "Hate" segue a clássica forma picotada de Premier, enquanto o naipe de metais suingado de "Rap Addiction" e a consternação de "Never Say Goodbye" fecham o pacote. Vale destacar também os dois beats "estrangeiros" do projeto. Easy Mo Bee provê uma ótima batida jazzy em "U Phucc'd Up", e o novato Gemcrates emula com perfeição o estilo de Primo nos pianos cortados de "Sichuwayshunz".
Ao escolher Premier para ser o produtor do disco, Blaq Poet teria que lidar com a pressão de estar sempre ao nível das contribuições de Primo. Embora o discurso - histórias de rua, bragadoccio de veterano e críticas ao estado do rap - fique desgastado ao longo do disco, Poet se destaca principalmente pela paixão e sinceridade com que cospe cada palavra e pela determinação em não desperdiçar um único segundo de uma única faixa. A introdução "I Gititin" é exemplo destas qualidades, onde ele resume suas motivações e sua história no rap de forma magistral. "Voices" é um tributo muito criativo a lendas falecidas e/ou esquecidas do gênero, na qual Poet fala sobre ouvir as vozes de caras como Tupac, B.I.G., Big Pun, Eazy-E etc. em sua cabeça. E, se em faixas como "Ain't Nuttin Changed" ele se entrega ao hardcore, também há espaço para momentos de lamentação, como em "Never Say Goodbye", uma homenagem a um amigo morto.
Por fim, "Tha Blaqprint" é um esforço bastante sólido, com faixas realmente muito boas. O mérito de trazer Premier por todo o álbum é algo que vai contar muitos pontos para qualquer fã de rap. Além disso, Blaq Poet finalmente tem a oportunidade para expressar suas opiniões, e não perde a chance. O disco pode não ser o clássico esperado por muitos, mas com certeza terá algumas músicas em conta na retrospectiva de 2009. Agora é esperar pelo tal álbum oficial.
Ano: 2009
Produtores: DJ Premier ( faixas 1,3,4,5,6,7,8,10,11,12,13,14 e 15), Easy Mo Bee (faixa 2), Gemcrates (faixa 9).
Participações: KL (faixa 2), Nick Javas (5), NYGz (5), N.O.R.E. (8), Panchi (10), Imani Montana (10), Lil'Fame (14), Shabeeno (14).
Em tempos de recessão também no rap, dá para imaginar a expectativa que se cria quando um álbum 90% produzido por DJ Premier é lançado. Este é o caso de "Tha Blaqprint", projeto do veterano de Queensbridge Blaq Poet, que volta ao jogo três anos depois de seu disco de estreia, o elogiado "Rewind: Deja Screw". A bem da verdade, Poet anunciou que este novo registro é uma espécie de pré-álbum, apenas um aquecimento para um trabalho "a sério" que está por vir. De fato, "Tha Blaqprint" tem algumas faixas já conhecidas do público, com cerca de metade das músicas inéditas.
A grande intenção de Poet com este álbum e mergulhar de volta àquele rap hardcore das ruas de Nova Iorque. Embora esta ideia de resgate da golden age já comece a ficar saturada, em "Tha Blaqprint" há uma razão especial: Poet é um veterano, membro da antiga Juice Crew, e tem transitado pelo Hip Hop desde a explosão do gênero, há 20 anos atrás. Apesar disso, ele nunca teve o reconhecimento merecido, sumiu no momento em que a época dourada. Agora, em 2009, ele tenta recuperar o tempo perdido.
Nada melhor do que tentar voltar às raízes do que ter uma lenda daquela era no comando da produção. DJ Premier é o responsável por 13 das 15 faixas do disco, e traz aquela estética boom-bap minimalista que sempre o marcou. Porém, esta não é a contribuição mais consistente da carreira de Primo. Talvez até por questão de estratégia, alguns beats soam simplistas - uma forma de servir como background para Poet?. Nem por isso, há momentos elevados.
O primeiro single, "Ain't Nuttin Changed", é uma monstruosidade, na qual Primo combina três diferentes samples no mesmo loop e ainda sampleia Akon (!) no seu famoso refrão com scratches. "Voices" segue o conceito da faixa de forma magistral, com vozes fantasmagóricas no fundo e excertos obscuros pontuando o loop. "Hate" segue a clássica forma picotada de Premier, enquanto o naipe de metais suingado de "Rap Addiction" e a consternação de "Never Say Goodbye" fecham o pacote. Vale destacar também os dois beats "estrangeiros" do projeto. Easy Mo Bee provê uma ótima batida jazzy em "U Phucc'd Up", e o novato Gemcrates emula com perfeição o estilo de Primo nos pianos cortados de "Sichuwayshunz".
Ao escolher Premier para ser o produtor do disco, Blaq Poet teria que lidar com a pressão de estar sempre ao nível das contribuições de Primo. Embora o discurso - histórias de rua, bragadoccio de veterano e críticas ao estado do rap - fique desgastado ao longo do disco, Poet se destaca principalmente pela paixão e sinceridade com que cospe cada palavra e pela determinação em não desperdiçar um único segundo de uma única faixa. A introdução "I Gititin" é exemplo destas qualidades, onde ele resume suas motivações e sua história no rap de forma magistral. "Voices" é um tributo muito criativo a lendas falecidas e/ou esquecidas do gênero, na qual Poet fala sobre ouvir as vozes de caras como Tupac, B.I.G., Big Pun, Eazy-E etc. em sua cabeça. E, se em faixas como "Ain't Nuttin Changed" ele se entrega ao hardcore, também há espaço para momentos de lamentação, como em "Never Say Goodbye", uma homenagem a um amigo morto.
Por fim, "Tha Blaqprint" é um esforço bastante sólido, com faixas realmente muito boas. O mérito de trazer Premier por todo o álbum é algo que vai contar muitos pontos para qualquer fã de rap. Além disso, Blaq Poet finalmente tem a oportunidade para expressar suas opiniões, e não perde a chance. O disco pode não ser o clássico esperado por muitos, mas com certeza terá algumas músicas em conta na retrospectiva de 2009. Agora é esperar pelo tal álbum oficial.
Blaq Poet - Tha Blaqprint
1. I-Gititin
2. U Phucc’D Up (Feat. KL)
3. Ain’t Nuttin’ Changed
4. What’s The Deal?
5. Legendary Pt. 1 (Feat. Nick Javas & NYGz)
6. Hood Crazy
7. Voices
8. Hate (Feat. N.O.R.E.)
9. Sichuwayshunz
10. Stretch Marks And Cigarette Burns (Feat. Panchi & Imani Montana)
11. S.O.S.
12. Let The Guns Blow
13. Don’t Give A Fucc
14. Rap Addiction (Feat. Lil’ Fame & Shabeeno)
15. Never Goodbye (Tribute to KL)
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Vídeo da faixa "Ain't Nuttin Changed":
Vídeo da faixa "Ain't Nuttin Changed (Queensbridge to California Remix), com MC Eith e Young Malay:
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