Dez anos depois do platinado e aclamado Blackout!, chegou a vez de Method Man e Redman unirem forças novamente. Com produções de alguns veteranos bem conhecidos, como Havoc, Pete Rock, Erick Sermon e Buckwild, o duo apostou novamente na química entre os dois e na legião de fãs que os seguem desde os tempos de "How High" e do primeiro apagão que causaram no mundo do rap. "Blackout!2" é o resultado desta aposta.
Entretanto, dez anos é uma diferença muito grande, principalmente para um gênero tão irrequieto quanto o rap. Na época do primeiro disco, Meth e Red eram estrelas, tinham lançado seu próprio filme e alcançaram platina em apenas três meses. Em 2009, porém, as coisas são diferentes. Ambos vêm de álbuns apenas razoáveis e num momento de baixa na carreira. Nada melhor, portanto, do que um novo Blackout! para recuperar as forças e seguir relevante no jogo.
E essa relevância cobra um preço. Não basta fazer música apenas para os seus fãs, falar de fumo, preparar punchlines e pegar beats pesados. Se em 1999 o mainstream era o estilo da dupla, hoje é diferente. Por isso, não é de se espantar uma pegada mais comercial em algumas faixas do novo disco, uns autotunes aparecendo de vez em quando. O mais importante, entretanto, é que aquele papo de atingir seus admiradores e satisfazê-los ainda conta para a dupla, o que é elogiável e rende os melhores momentos deste registro.
O álbum é claramente oito ou 80. Algumas faixas são muito boas e captam exatamente aquilo que todos gostam na dupla, enquanto outras passam totalmente despercebidas. Esta divisão entre lado bom e ruim é feita basicamente pelos beats, uma vez que a sinergia entre Meth e Red continua perfeita e as performances, afiadas. Assim, quando eles recebem uma batida pouco convencional da lenda Pete Rock, eles transformam em hit que vai tocar em todas as pistas e rádios dos EUA e, com alguma sorte, aqui no Brasil. Trata-se de "A-Yo", o primeiro single, que, embora enjoe um pouco após repetidas audições, ainda traz o Soul Brother #1 em boa forma, com um sample meio latino ecoando pelo beat e o bom refrão de Saukrates.
Ainda na linha dos hits, a lenta e relaxante "Mrs. International" dá à dupla o fundo perfeito para exercitar seus xavecos. Já "City Lights" traz a pegada sulista, com Pimp C sampleado no refrão e tudo, além, é claro, do verso obrigatório de Bun B. Mas não é só de singles que a segunda vinda de Blackout! é feita. As pancadas, claro, também têm seu espaço garantido. "I´m Dope Nigga" e "Dangerous Emcees" começam bem o disco, ambas com graves imponentes e caixas batendo forte, mas é o hino fumante de "Diz Iz 4 All My Smokers" o maior destaque do disco inteiro. Não bastasse os violinos sensacionais do beat e a multidão de fãs fazendo o refrão, é nesta faixa que Meth e Red estão mais energizados e afiados. As punchlines parecem intermináveis e culmina na apropriadíssima referência de Meth: "Eles tentaram me levar para a reabilitação, não!".
No fim, "Blackout! 2" funciona muito bem, porque os dois emcees não forçam a barra e valorizam o que têm de melhor: a química entre os dois, asl evadas e linhas matadoras, a simplicidade dos temas. Quando confrontados com bons instrumentais, eles elevam ainda mais o nível. Caso contrário, ainda estão lá, firmes e fortes. O disco novo pode nem er lembrado para a lista de melhores do ano, mas com certeza vai garantir bons momentos de diversão para os fãs da dupla. Mas, por favor, no terceiro capítulo da saga, peguem pelo menos uma batida do RZA.
Method Man & Redman - Blackout! 2Entretanto, dez anos é uma diferença muito grande, principalmente para um gênero tão irrequieto quanto o rap. Na época do primeiro disco, Meth e Red eram estrelas, tinham lançado seu próprio filme e alcançaram platina em apenas três meses. Em 2009, porém, as coisas são diferentes. Ambos vêm de álbuns apenas razoáveis e num momento de baixa na carreira. Nada melhor, portanto, do que um novo Blackout! para recuperar as forças e seguir relevante no jogo.
E essa relevância cobra um preço. Não basta fazer música apenas para os seus fãs, falar de fumo, preparar punchlines e pegar beats pesados. Se em 1999 o mainstream era o estilo da dupla, hoje é diferente. Por isso, não é de se espantar uma pegada mais comercial em algumas faixas do novo disco, uns autotunes aparecendo de vez em quando. O mais importante, entretanto, é que aquele papo de atingir seus admiradores e satisfazê-los ainda conta para a dupla, o que é elogiável e rende os melhores momentos deste registro.
O álbum é claramente oito ou 80. Algumas faixas são muito boas e captam exatamente aquilo que todos gostam na dupla, enquanto outras passam totalmente despercebidas. Esta divisão entre lado bom e ruim é feita basicamente pelos beats, uma vez que a sinergia entre Meth e Red continua perfeita e as performances, afiadas. Assim, quando eles recebem uma batida pouco convencional da lenda Pete Rock, eles transformam em hit que vai tocar em todas as pistas e rádios dos EUA e, com alguma sorte, aqui no Brasil. Trata-se de "A-Yo", o primeiro single, que, embora enjoe um pouco após repetidas audições, ainda traz o Soul Brother #1 em boa forma, com um sample meio latino ecoando pelo beat e o bom refrão de Saukrates.
Ainda na linha dos hits, a lenta e relaxante "Mrs. International" dá à dupla o fundo perfeito para exercitar seus xavecos. Já "City Lights" traz a pegada sulista, com Pimp C sampleado no refrão e tudo, além, é claro, do verso obrigatório de Bun B. Mas não é só de singles que a segunda vinda de Blackout! é feita. As pancadas, claro, também têm seu espaço garantido. "I´m Dope Nigga" e "Dangerous Emcees" começam bem o disco, ambas com graves imponentes e caixas batendo forte, mas é o hino fumante de "Diz Iz 4 All My Smokers" o maior destaque do disco inteiro. Não bastasse os violinos sensacionais do beat e a multidão de fãs fazendo o refrão, é nesta faixa que Meth e Red estão mais energizados e afiados. As punchlines parecem intermináveis e culmina na apropriadíssima referência de Meth: "Eles tentaram me levar para a reabilitação, não!".
No fim, "Blackout! 2" funciona muito bem, porque os dois emcees não forçam a barra e valorizam o que têm de melhor: a química entre os dois, asl evadas e linhas matadoras, a simplicidade dos temas. Quando confrontados com bons instrumentais, eles elevam ainda mais o nível. Caso contrário, ainda estão lá, firmes e fortes. O disco novo pode nem er lembrado para a lista de melhores do ano, mas com certeza vai garantir bons momentos de diversão para os fãs da dupla. Mas, por favor, no terceiro capítulo da saga, peguem pelo menos uma batida do RZA.
01 BO2 (Intro)
02 I’m Dope Nigga
03 A-Yo f. Saukrates
04 Dangerous MCs
05 Errbody Scream f. Keith Murray
06 Hey Zulu
07 City Lights f. UGK
08 Father’s Day
09 Mrs. International (Skit)
10 Mrs. International f. Erick Sermon
11 How Bout Dat f. Ready Roc & Streetlife
12 Dis Iz 4 All My Smokers
13 Lock Down (Skit) f. DJ Kay Slay
14 Four Minutes to Lock Down f. Raekwon & Ghostface
15 Neva Heard Dis B4
16 I Know Sumptin f. Poo Bear
17 A Lil Bit f. Melanie Rutherford
Vídeo da faixa "A-Yo":
4 comentários:
eh falto uma batida do rza mesmo.. pelo jeito vc eh fanzasso do wu tang neh. .abraços
wu wu wu tang sem pralavas .; fodasssssssssssssssstico................
O Redman já um figuraça mesmo, mas não dá pra entender o Method Man, com toda aquela marra gangsta, rimando nuns sons faggots desses. Tem umas faixas boas e pesadas, sim; mas não dá pra ouvir o álbum todo, como o BO1. Espero mais RZA pra eles também.
é, tm umas faixas boas, outras enjoativas, q nm o BlackOut 1... concordo c o Eduardo nesse ponto, agora o Meth e o Redman tão mais "diferentes" no estilo do q na época do 1º cd, neh...
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