Na verdade, não é bem um prêmio, porque ninguém vai ganhar nada, mas sim uma espécie de resumo do ano de 2008, em vários aspectos. Ano passado o blog fez uma lista com os dez melhores álbuns do ano, mas dessa vez vai ser algo mais abrangente. Hoje eu vou postar aqui as categorias e os "indicados" para cada prêmio, e peço que todos dêem o seu pitaco, lembrem de alguém injustiçado, indiquem o merecedor para cada "estatueta", enfim, discutam. Terça-feira que vem, dia 23, o blog faz seu último post no ano, só voltando em 2009 - afinal blogueiros também têm férias. Neste último post, eu posto os meus vencedores. Enfim, vamos lá:
Prêmio Illmatic (Álbum do Ano):
Rising Down - The Roots
>> Black Thought, ?uestlove e companhia voltaram afiados em 2008, com um som ainda mais sombrio e pesado do que o disco anterior, e um Black Thoguht ainda mais furioso no microfone. Rising Down revelou ainda o emcee Wale, num dos melhores singles do ano.
The Preface - Elzhi
>> O emcee do Slum Village juntou-se a Black Milk para criar um ótimo disco de estréia. Embora sem muitos destaques avulsos, The Preface preza pela consistência: são 16 faixas de beats pesados e emceeing impecável.
Tobacco Road - Common Market
>> O álbum conceitual melhor executado do ano. A dupla RA Scion e DJ Sabzi mostrou-se ainda mais amadurecida, criando um disco que trata das fazendas do Sul dos EUA, ao mesmo tempo em que fala, metaforicamente, de vários aspectos de nossas vidas atualmente.
The Renaissance - Q-Tip
>> O veterano líder do A Tribe Called Quest saiu de um hiato de quase uma década em grande estilo. O single Gettin' Up conseguiu espaço até no mainstream americano, enquanto Tip criou um álbum coeso, bem produzido e bem rimado.
Untitled - Nas
>> Pode-se dizer o que quiser do álbum mais controverso do ano, mas nenhum outro teve letras tão boas quanto esse. Apesar de alguns percalços no conceito do álbum, Nas esteve letal nas rimas, melhorou o nível das produções, atingiu o mainstream e nos presenteou com o álbum mais provocativo de 2008.
Prêmio Christopher Wallace (Emcee do ano):
R.A. Scion
>> A metade vocal do Common Market carregou um álbum conceitual nas costas, com rimas complexas e bem escritas, além de um vocabulário bem diferente do rapper comum. Storytelling, crítica social, versos introspectivos, tudo explorado por RA Scion.
Elzhi
>> A pecha de "rapper favorito do seu rapper favorito" cai bem em Elzhi. Ainda que preso ao battle rap, o cara criou uma das músicas conceituais mais legais do ano, com Guessing Game, na qual ele falava metade de uma palavra na última linha de cada verso, propondo que o ouvinte adivinhasse. Note que ele rimava com metade da palavra, e todas as rimas usadas tinham nexo.
Nas
>> O motivo de Nas estar indicado a esse prêmio é o mesmo pelo qual seu disco foi também indicado. As letras mais contundentes do ano saíram da caneta do emcee do Queens, um dos primeiros a tratar sobre a possibilidade de Barack Obama ser presidente, e também responsável pela controversa Be A Nigger Too, outra das melhores faixas conceituais de 2008.
Blu
>> O moleque responsável pelo melhor disco de 2007 não sossegou neste ano. Blu lançou dois álbuns, cada um produzido inteiramente por um produtor diferente, mostrando versatilidade incomum.
Surreal
>> O mais underground dos indicados é responsável por um dos álbums mais honestos do ano. Com rimas retratando o cotidiano de pessoas comuns, Surreal afastou-se dos clichês do rap, falando sobre família, fé, sonhos e decepções.
Prêmio Pete Rock (Produtor do ano):
Black Milk
>> O cara produziu três álbuns inteiros no ano (The Set Up, The Preface e Tronic), além de contribuir com beats para caras como GZA e Buff1. Na maioria, o som era original: caixas pesadas e samples distorcidos. Mas ele ainda encontrou tempo para inovar em seu trabalho solo, e usou e abusou de efeitos eletrônicos em Tronic, criando um dos hits do ano, Give The Drummer Sum.
Sabzi
>> O beatmaker de ascendência iraniana produziu todo o disco do Common Market, mostrando uma consistência incrível, desde beats mais introspectivos até bangers radiofônicos. Além do talento com samples, o cara ainda tocou piano em algumas das faixas do álbum.
Nicolay
>> Outro que trabalhou bastante em 2008. Depois de se juntar a Kay e lançar um dos primeiros destaques do ano, ele voltou a trabalhar com Phonte para criar um álbum denso, misterioso, expandindo as fronteiras do rap.
Dela
>> O produtor francês foi um dos mais bem sucedidos a misturar o rap ao jazz em 2008. Seu álbum, Changes of Atmosphere, contou com um time de grandes emcees, mas foi a produção sutil e relaxante o grande destaque.
Stoupe
>> A cada novo álbum do Jedi Mind Tricks, Stoupe prova que é um dos melhores de todos os tempos. Em Histoy of Violence, ele provou que sua criatividade não tem limites, ao samplear desde cantora grega até música clássica.
Prêmio Nas em 1994 (Revelação do ano):
Invincible
>> A emcee de Detroit lançou seu primeiro álbum, Shapeshifters, neste ano e impressionou pelas rimas contundentes e o flow hipnótico. Responsável por um dos bons álbuns de 2008, Invincible mostrou que há vida inteligente no rap feminino.
Amanda Diva
>> Se Invincible mostrou que havia vida inteligente entre as femcees, Amanda Diva apenas corroborou o fato. Poetisa, cantora, jornalisa e emcee, a menina mostrou, com o álbum Life Experience, ser uma das boas apostas para os próximos anos.
Illa J
>> O irmão caçula do lendário J-Dilla apareceu para o rap com o disco Yancey Brothers, no qual rimava e cantava sobre beats empoeirados do falecido irmão. Com versatilidade e personalidade, ele provou que o rap está no sangue da família.
Shawn Jackson
>> O emcee da costa Oeste surgiu como um dos mais carismáticos talentos do ano. Seu álbum, First of All, foi sucesso de crítica e até rendeu alguns bons singles, como Soopafly e Feelin' Jack.
Wale
>> "O hip hop não está morto, porque o pulso está conosco". Foi essa a primeira frase de Wale no single dos The Roots, Rising Up. Depois de uma perfomance sensacional e uma mixtape criativa, Wale consolidou-se na cena.
Prêmio Tupac Shakur (Letra do ano):
Tobacco Road (Common Market)
>> As rimas autobiográficas de RA Scion, contando desde sua infância até sua partida nas fazendas sulinas dos EUA foram emocionantes e bem escritas: dá até para criar um pequeno filme na cabeça com as imagens que Scion oferece.
The 3rd World (Immortal Technique)
>> Apesar da produção do álbum não ter ajudado muito, o sempre contundente Immortal Technique provou ser um dos melhores letristas atualmente. Com as já típicas rimas
conspiratórias, reveladoras e fortes, ele pintou um retrato do Terceiro Mundo, sem deixar de atirar no governo americano.
Yesterday (Atmosphere)
>> Slug sempre foi conhecido por versos pessoais. Em Yesterday, ele mostrou mais uma vez esta faceta. Numa letra emocionante, ele conversa em tom conciliatório com o pai brigado, para ao final revelar que o progenitor já está morto.
Be A Nigger Too (Nas)
>> Nas abusou da criatividade e da provocação na faixa, que acabou não entrando no disco oficial, mas ganhou um clipe. Xingando outras etnias com palavras que seriam correspondentes ao que nigger é para os negros, Nas deu um belo tapa no preconceito e mostrou toda a controvérsia
que ronda o tema.
Trail of Lies (Jedi Mind Tricks)
>> Quando abandona o battle rap, Vinnie Paz é sempre brilhante. Trail of Lies confirma isso, com o líder do JMT falando sobre mídia, polícia e até modelos anoréxicas.
Prêmio RZA (Beat do ano):
Children's Sing (Pacewon & Mr. Green - produzida por Mr. Green)
>> Uma dos poucos indicados que não foram postados no blog, a dupla Pacewon e Mr. Green presenteou 2008 com um dos beats mais criativos do ano. Mr. Green, o produtor, foi além dos tradicionais picotes: dessa vez, ele picotou um coral de crianças pra criar o fundo das rimas de
Pacewon.
MVP (Ludacris - produzida por DJ Premier)
>> Também não postada no blog, MVP foi uma das boas surpresas do ano, com Ludacris juntando-se a DJ Premier, que não se fez de rogado e criou um beat típico do seu
catálogo, com strings cortadas e bateria sincopada, além dos tradicionais scratches no refrão.
Sleeper Cell (DJ Muggs & Planet Asia - produzida por DJ Muggs)
>> Esta é a representante dos batidões que são marca registrada do produtor que dá nome ao prêmio. DJ Muggs criou um beat turvo, reto, com um loop triunfante guiando toda a faixa.
Daykeeper (Foreign Exchange - produzida por Nicolay)
>> Nicolay criou um beat denso, cheio de mistérios, todo atmosférico. A bateria quebrada e os samples esparsos deram o tom exato para a solidão cantada por Phonte e Muhsinah.
Monolith (Jedi Mind Tricks - produzida por Stoupe)
>> Stoupe provou sua criatividade ao ir até a Grécia para samplear uma cantora local e usar como loop principal do beat. O feito rendeu à batida um clima épico, reminiscente de uma trilha sonora de filmes da Antiguidade.
Prêmio Liquid Swords (Música do ano):
Love Don't (C.R.A.C. Knuckles)
>> Blu e Ta'Raach formaram o projeto CRAC Knuckles, responsável por esse petardo. O refrão cantado por Blu é contagiante, enquanto a batida acelerada com samples perfeitos ao fundo e o carisma de Ta'Raach tornam esta faixa irresistível.
MVP (Ludacris)
>> Só o fato de um rapper do mainstream recorrer a um produtor lendário já merecia elogios. Não bastasse isso, Premier criou um dos melhores beats do ano e Ludacris esteve no topo de sua forma, com algumas das melhores punchlines do ano.
Hero (Nas)
>> Nas conseguiu o impossível com Hero: uniu um som mais comercial a rimas fortes, e alcançou sucesso tanto no mainstream quanto no underground. O beat eletrônico de Polow Da Don, com bateria no ponto exato, contribuiu para o feito, assim como o bom refrão de Keri Hilson.
Gettin Up (Q-Tip)
>> Produzida por J-Dilla, a faixa alçou Q-Tip novamente ao mainstream. O flow perfeito de Tip e o beat meio dançante, meio nostálgico foram demais até para os executivos de gravadoras e estações de rádio.
40 Emcees (Amanda Diva)
>> Não bastasse a letra conceitual e bem humorada, Amanda ainda encontrou tempo para um refrão agradável e um beat simples, mas viciante. A presença de Q-Tip no começo da faixa foi apenas a cereja no bolo.
Prêmio Puff Daddy (Decepção do ano):
Kanye West
>> Depois do bom Graduation, elogiado em peso na crítica americana, o esquizofrênico West resolveu mudar tudo. Apostou em peso no autotune e no pop, ganhou novos fãs, mas decepcionou todo o público do rap.
Phonte
>> Quando ele anunciou um novo álbum do Foreign Exchange, todos ficaram bastante animados. Porém, quando ouviram o novo projeto, os fãs esperaram em vão pelo momento em que Phonte iria parar de cantar e começar a rimar como nos bons tempos.
Termanology
>> Depois de anos lançando mixtape, finalmente o rapper latino lançaria seu álbum solo, com produções de pesos pesados como Large Professor, Easy Mo Bee, Premier e Pete Rock. Apesar disso, o disco decepcionou, os beats com Premier eram todos antigos e Term falhou no quesito
lírico. A obsessão em se auto-intitular o novo Big Pun não ajudou.
AZ
>> Em uma tentativa desesperada de capitalizar no seu culto underground, AZ lançou um álbum cheio de tentativas comerciais, que falhou em todas as instâncias. Depois, ainda lançou uma mixtape tentando aproveitar a controvérsia criada pelo ex-amigo Nas, mas falhou novamente.
Common
>> Depois do ressurgimento com Be e Finding Forever, Common resolveu inovar novamente. Talvez influenciado pela carreira de ator, tentou algo mais mainstream e chamou Pharrel para produzir o novo álbum. Resultado: disco fraco e toneladas de críticas.
Prêmio Illmatic (Álbum do Ano):
Rising Down - The Roots
>> Black Thought, ?uestlove e companhia voltaram afiados em 2008, com um som ainda mais sombrio e pesado do que o disco anterior, e um Black Thoguht ainda mais furioso no microfone. Rising Down revelou ainda o emcee Wale, num dos melhores singles do ano.
The Preface - Elzhi
>> O emcee do Slum Village juntou-se a Black Milk para criar um ótimo disco de estréia. Embora sem muitos destaques avulsos, The Preface preza pela consistência: são 16 faixas de beats pesados e emceeing impecável.
Tobacco Road - Common Market
>> O álbum conceitual melhor executado do ano. A dupla RA Scion e DJ Sabzi mostrou-se ainda mais amadurecida, criando um disco que trata das fazendas do Sul dos EUA, ao mesmo tempo em que fala, metaforicamente, de vários aspectos de nossas vidas atualmente.
The Renaissance - Q-Tip
>> O veterano líder do A Tribe Called Quest saiu de um hiato de quase uma década em grande estilo. O single Gettin' Up conseguiu espaço até no mainstream americano, enquanto Tip criou um álbum coeso, bem produzido e bem rimado.
Untitled - Nas
>> Pode-se dizer o que quiser do álbum mais controverso do ano, mas nenhum outro teve letras tão boas quanto esse. Apesar de alguns percalços no conceito do álbum, Nas esteve letal nas rimas, melhorou o nível das produções, atingiu o mainstream e nos presenteou com o álbum mais provocativo de 2008.
Prêmio Christopher Wallace (Emcee do ano):
R.A. Scion
>> A metade vocal do Common Market carregou um álbum conceitual nas costas, com rimas complexas e bem escritas, além de um vocabulário bem diferente do rapper comum. Storytelling, crítica social, versos introspectivos, tudo explorado por RA Scion.
Elzhi
>> A pecha de "rapper favorito do seu rapper favorito" cai bem em Elzhi. Ainda que preso ao battle rap, o cara criou uma das músicas conceituais mais legais do ano, com Guessing Game, na qual ele falava metade de uma palavra na última linha de cada verso, propondo que o ouvinte adivinhasse. Note que ele rimava com metade da palavra, e todas as rimas usadas tinham nexo.
Nas
>> O motivo de Nas estar indicado a esse prêmio é o mesmo pelo qual seu disco foi também indicado. As letras mais contundentes do ano saíram da caneta do emcee do Queens, um dos primeiros a tratar sobre a possibilidade de Barack Obama ser presidente, e também responsável pela controversa Be A Nigger Too, outra das melhores faixas conceituais de 2008.
Blu
>> O moleque responsável pelo melhor disco de 2007 não sossegou neste ano. Blu lançou dois álbuns, cada um produzido inteiramente por um produtor diferente, mostrando versatilidade incomum.
Surreal
>> O mais underground dos indicados é responsável por um dos álbums mais honestos do ano. Com rimas retratando o cotidiano de pessoas comuns, Surreal afastou-se dos clichês do rap, falando sobre família, fé, sonhos e decepções.
Prêmio Pete Rock (Produtor do ano):
Black Milk
>> O cara produziu três álbuns inteiros no ano (The Set Up, The Preface e Tronic), além de contribuir com beats para caras como GZA e Buff1. Na maioria, o som era original: caixas pesadas e samples distorcidos. Mas ele ainda encontrou tempo para inovar em seu trabalho solo, e usou e abusou de efeitos eletrônicos em Tronic, criando um dos hits do ano, Give The Drummer Sum.
Sabzi
>> O beatmaker de ascendência iraniana produziu todo o disco do Common Market, mostrando uma consistência incrível, desde beats mais introspectivos até bangers radiofônicos. Além do talento com samples, o cara ainda tocou piano em algumas das faixas do álbum.
Nicolay
>> Outro que trabalhou bastante em 2008. Depois de se juntar a Kay e lançar um dos primeiros destaques do ano, ele voltou a trabalhar com Phonte para criar um álbum denso, misterioso, expandindo as fronteiras do rap.
Dela
>> O produtor francês foi um dos mais bem sucedidos a misturar o rap ao jazz em 2008. Seu álbum, Changes of Atmosphere, contou com um time de grandes emcees, mas foi a produção sutil e relaxante o grande destaque.
Stoupe
>> A cada novo álbum do Jedi Mind Tricks, Stoupe prova que é um dos melhores de todos os tempos. Em Histoy of Violence, ele provou que sua criatividade não tem limites, ao samplear desde cantora grega até música clássica.
Prêmio Nas em 1994 (Revelação do ano):
Invincible
>> A emcee de Detroit lançou seu primeiro álbum, Shapeshifters, neste ano e impressionou pelas rimas contundentes e o flow hipnótico. Responsável por um dos bons álbuns de 2008, Invincible mostrou que há vida inteligente no rap feminino.
Amanda Diva
>> Se Invincible mostrou que havia vida inteligente entre as femcees, Amanda Diva apenas corroborou o fato. Poetisa, cantora, jornalisa e emcee, a menina mostrou, com o álbum Life Experience, ser uma das boas apostas para os próximos anos.
Illa J
>> O irmão caçula do lendário J-Dilla apareceu para o rap com o disco Yancey Brothers, no qual rimava e cantava sobre beats empoeirados do falecido irmão. Com versatilidade e personalidade, ele provou que o rap está no sangue da família.
Shawn Jackson
>> O emcee da costa Oeste surgiu como um dos mais carismáticos talentos do ano. Seu álbum, First of All, foi sucesso de crítica e até rendeu alguns bons singles, como Soopafly e Feelin' Jack.
Wale
>> "O hip hop não está morto, porque o pulso está conosco". Foi essa a primeira frase de Wale no single dos The Roots, Rising Up. Depois de uma perfomance sensacional e uma mixtape criativa, Wale consolidou-se na cena.
Prêmio Tupac Shakur (Letra do ano):
Tobacco Road (Common Market)
>> As rimas autobiográficas de RA Scion, contando desde sua infância até sua partida nas fazendas sulinas dos EUA foram emocionantes e bem escritas: dá até para criar um pequeno filme na cabeça com as imagens que Scion oferece.
The 3rd World (Immortal Technique)
>> Apesar da produção do álbum não ter ajudado muito, o sempre contundente Immortal Technique provou ser um dos melhores letristas atualmente. Com as já típicas rimas
conspiratórias, reveladoras e fortes, ele pintou um retrato do Terceiro Mundo, sem deixar de atirar no governo americano.
Yesterday (Atmosphere)
>> Slug sempre foi conhecido por versos pessoais. Em Yesterday, ele mostrou mais uma vez esta faceta. Numa letra emocionante, ele conversa em tom conciliatório com o pai brigado, para ao final revelar que o progenitor já está morto.
Be A Nigger Too (Nas)
>> Nas abusou da criatividade e da provocação na faixa, que acabou não entrando no disco oficial, mas ganhou um clipe. Xingando outras etnias com palavras que seriam correspondentes ao que nigger é para os negros, Nas deu um belo tapa no preconceito e mostrou toda a controvérsia
que ronda o tema.
Trail of Lies (Jedi Mind Tricks)
>> Quando abandona o battle rap, Vinnie Paz é sempre brilhante. Trail of Lies confirma isso, com o líder do JMT falando sobre mídia, polícia e até modelos anoréxicas.
Prêmio RZA (Beat do ano):
Children's Sing (Pacewon & Mr. Green - produzida por Mr. Green)
>> Uma dos poucos indicados que não foram postados no blog, a dupla Pacewon e Mr. Green presenteou 2008 com um dos beats mais criativos do ano. Mr. Green, o produtor, foi além dos tradicionais picotes: dessa vez, ele picotou um coral de crianças pra criar o fundo das rimas de
Pacewon.
MVP (Ludacris - produzida por DJ Premier)
>> Também não postada no blog, MVP foi uma das boas surpresas do ano, com Ludacris juntando-se a DJ Premier, que não se fez de rogado e criou um beat típico do seu
catálogo, com strings cortadas e bateria sincopada, além dos tradicionais scratches no refrão.
Sleeper Cell (DJ Muggs & Planet Asia - produzida por DJ Muggs)
>> Esta é a representante dos batidões que são marca registrada do produtor que dá nome ao prêmio. DJ Muggs criou um beat turvo, reto, com um loop triunfante guiando toda a faixa.
Daykeeper (Foreign Exchange - produzida por Nicolay)
>> Nicolay criou um beat denso, cheio de mistérios, todo atmosférico. A bateria quebrada e os samples esparsos deram o tom exato para a solidão cantada por Phonte e Muhsinah.
Monolith (Jedi Mind Tricks - produzida por Stoupe)
>> Stoupe provou sua criatividade ao ir até a Grécia para samplear uma cantora local e usar como loop principal do beat. O feito rendeu à batida um clima épico, reminiscente de uma trilha sonora de filmes da Antiguidade.
Prêmio Liquid Swords (Música do ano):
Love Don't (C.R.A.C. Knuckles)
>> Blu e Ta'Raach formaram o projeto CRAC Knuckles, responsável por esse petardo. O refrão cantado por Blu é contagiante, enquanto a batida acelerada com samples perfeitos ao fundo e o carisma de Ta'Raach tornam esta faixa irresistível.
MVP (Ludacris)
>> Só o fato de um rapper do mainstream recorrer a um produtor lendário já merecia elogios. Não bastasse isso, Premier criou um dos melhores beats do ano e Ludacris esteve no topo de sua forma, com algumas das melhores punchlines do ano.
Hero (Nas)
>> Nas conseguiu o impossível com Hero: uniu um som mais comercial a rimas fortes, e alcançou sucesso tanto no mainstream quanto no underground. O beat eletrônico de Polow Da Don, com bateria no ponto exato, contribuiu para o feito, assim como o bom refrão de Keri Hilson.
Gettin Up (Q-Tip)
>> Produzida por J-Dilla, a faixa alçou Q-Tip novamente ao mainstream. O flow perfeito de Tip e o beat meio dançante, meio nostálgico foram demais até para os executivos de gravadoras e estações de rádio.
40 Emcees (Amanda Diva)
>> Não bastasse a letra conceitual e bem humorada, Amanda ainda encontrou tempo para um refrão agradável e um beat simples, mas viciante. A presença de Q-Tip no começo da faixa foi apenas a cereja no bolo.
Prêmio Puff Daddy (Decepção do ano):
Kanye West
>> Depois do bom Graduation, elogiado em peso na crítica americana, o esquizofrênico West resolveu mudar tudo. Apostou em peso no autotune e no pop, ganhou novos fãs, mas decepcionou todo o público do rap.
Phonte
>> Quando ele anunciou um novo álbum do Foreign Exchange, todos ficaram bastante animados. Porém, quando ouviram o novo projeto, os fãs esperaram em vão pelo momento em que Phonte iria parar de cantar e começar a rimar como nos bons tempos.
Termanology
>> Depois de anos lançando mixtape, finalmente o rapper latino lançaria seu álbum solo, com produções de pesos pesados como Large Professor, Easy Mo Bee, Premier e Pete Rock. Apesar disso, o disco decepcionou, os beats com Premier eram todos antigos e Term falhou no quesito
lírico. A obsessão em se auto-intitular o novo Big Pun não ajudou.
AZ
>> Em uma tentativa desesperada de capitalizar no seu culto underground, AZ lançou um álbum cheio de tentativas comerciais, que falhou em todas as instâncias. Depois, ainda lançou uma mixtape tentando aproveitar a controvérsia criada pelo ex-amigo Nas, mas falhou novamente.
Common
>> Depois do ressurgimento com Be e Finding Forever, Common resolveu inovar novamente. Talvez influenciado pela carreira de ator, tentou algo mais mainstream e chamou Pharrel para produzir o novo álbum. Resultado: disco fraco e toneladas de críticas.
16 comentários:
O eMC merecia uma vaga ali entra os melhores albuns do ano, hein! O conceito do album não é nada demais, mas os 4 mc's são muito bons!!
levando em consideracao os indicados ficaria com o THE ROOTS... acho que nao tenho como dizer qual seria o album do ano, mas o meu top 5 (6) de 2008 seria esse:
- heltah skeltah - dirt
- el da sensei & the returns - global takeover
- dj revolution - king of decks
- invincible - shapeshifters
- emc - the show / - reks - grey hairs
tentei filtrar so 5 que mais gostei, mas tive q colocar mais um... rsrsrs
tambem concordo com o gustavo, e mais, incluo algumas outras recomendacoes de albuns de 2008, que mesmo nao entrando na `lista de indicados`, valem a pena serem ouvidos, e pra mim, sao otimos, alem de alguns nao revisados e durante o ano pelo blog:
- all natural - elements (fire)
- jeanius (jean grae & 9th wonder)
- j-live - whats happened
- cyne - pretty dark things
- carlos nino & lil sci - whats the science ? elevation
- pete rock - ny finest
- reef the lost cause - a vicious cycle
- ill bill - hour of reprisal
- immortal technique - 3rd world
- atmosphere - when life gives u lemons...
- might underdogs - dropping science fiction
- puts - fun dmc
- 9th Wonder & buckshot - the formula
- pace won & mr green - The Only Color That Matters Is Green
- large pro - main source
tambem acho que deveria ter mais 2 premios, `selo do ano` e o `premio endtroducing` (ou dj shadow), e pra mim seria os vencedores:
- selo/gravadora do ano: duckdown
c/ grande visibilidade e consistencia, atualmente é uma das grandes gravadoras independentes de hip hop nos EUA, em 2007, comecaram a trabalhar com artirtas fora da sua area, ny (brooklin, etc...) e contraram o special teamz, deu certo e esse ano lancaram kidz in the hall e dj revolution e ano que vem o solo do b real. continuaram com a formula que fez sucesso entre 9th e buck, alem do disco de volta do heltah e o disco solo do protegido do p, ruste juxx.
- endtroducing: blue sky black death
young god e kingston. os caras tao desenvolvendo varios trampos desde 2006 (heap of broken images e holocaust), e ja tinha me chamado a atencao com o album razahs ladder com o hell razah em 2007. esse ano lancaram o latenight cinema (album instrumental sensacional explorando novas sonoridades), evil jeanius (mesmo com a treta entre a jean grae e a babygrande o disco e bom pacas) e slow burning lights (um album com a cantora yes alexander, indo muito alem do hip hop, ou melhor nao tendo nada de hip hop, explorando o que hj e mais chamado de indie pop ou trip hop, com muitos elementos eletronicos. um som denso, dark... trip hop? portishead ou algo assim)
f-zero
Prêmio Puff Daddy eheheheheh to rindo até agora!!!!!!
com todo o respeito
phomte decpeção na mano ele teve em alta o melhor album do ano seria a sua coloaboração com o nikolay
dont label or box anybady
2008 foi um ano de muitos lançamentos que sera sempre injusto colocar-se na tarefa de globulo decisor de qualidade principalmente quando a missão é escolher o(s) melhor(es) na arte do hip hop, mas aqui vai o meu contributo.
Prêmio Illmatic (Álbum do Ano):
Untitled - Nas
Prêmio Christopher Wallace (Emcee do ano):
Mr. Malchau
Prêmio Pete Rock (Produtor do ano):
Stoupe
Prêmio Nas em 1994 (Revelação do ano):
Invincible
Prêmio Tupac Shakur (Letra do ano):
Trail of Lies (Jedi Mind Tricks)
Prêmio RZA (Beat do ano):
Monolith (Jedi Mind Tricks - produzida por Stoupe)
Prêmio Liquid Swords (Música do ano):
Hard to follow(Mr. Malchau)
Prêmio Puff Daddy (Decepção do ano):
Termanology
AlbertoZ FlowZ. paz
2008 foi um ano de muitos lançamentos que sera sempre injusto colocar-se na tarefa de globulo decisor de qualidade principalmente quando a missão é escolher o(s) melhor(es) na arte do hip hop, mas aqui vai o meu contributo.
Prêmio Illmatic (Álbum do Ano):
Untitled - Nas
Prêmio Christopher Wallace (Emcee do ano):
Mr. Malchau
Prêmio Pete Rock (Produtor do ano):
Stoupe
Prêmio Nas em 1994 (Revelação do ano):
Invincible
Prêmio Tupac Shakur (Letra do ano):
Trail of Lies (Jedi Mind Tricks)
Prêmio RZA (Beat do ano):
Monolith (Jedi Mind Tricks - produzida por Stoupe)
Prêmio Liquid Swords (Música do ano):
Hard to follow(Mr. Malchau)
Prêmio Puff Daddy (Decepção do ano):
Termanology
AlbertoZ FlowZ. paz
Tá de parabéns essa premiação!! hehehehehe Eu só trocaria lá o nome de um prêmio. Ao invés de "Prêmio Tupac Shakur", chamaria de "Prêmio KRS-One (Melhor Letra)". O tiozim pra mim é o mais foda de todos os tempos... Abraço, Felipe!!! Tá lá no Últimas do BF!
Phonte te decepciono a ti, Kanye West te decepcionno a ti
Y sabes porque?
PORQUE ERES UN IGNORANTE DE LA MUSICA
PORQUE REALMENTE NO SABES
T confesso q tava ansioso, pois qdo conheci o blog foi na época da escolha de 2007.
Pra mim, os injustiçado são o buff1 (seu album teve, pra mim, os melhores e mais criativos beats, além de mostrar Now On como grande produtor) e o Nicolay & Kay: Time line(é desse ano? se sim, foi um grande injustiçado!) Mas lá vai meus votos dentre os escolhidos:
Melhor album: Q-Tip, bom nos beats, letras, tudo.
Melhor MC: Nas, rimas inteligentes q sacudiram e acordaram o hip hop
Produtor do ano: Black Milk, com seus beats pesados, vc sente q ele segue numa eterna evolução pelo beat perfeito. Now On foi tb pra mim um grande injustiçado.
Revelação do Ano: Shawn Jackson, pos sacudir o underground com seu album.
Letra do Ano: Be a Nigger Too, indiscutível! A letra mais foda do ano, e pq não da década?
Beat do Ano: MVP, DJ Premier tentou o ano todo acertar a mão, e conseguiu!
Música do Ano: Hero, do Nas. Mas confesso q Be a Nigger Too, por tudo q abalou esse ano, seria a melhor.
E o grande Prêmio Puff Daddy (essa foi mt boa! rsrs), com direito a uma grande estatueta no jardim, é do Egocêntrico Kanye West! Love Lockdown é um lixo! O Mainstream tá elogiando, mas como diz o Dexter,"até Hitler já foi aplaudido". Sei q ele tem talento suficiente pra reverter isso, mas esse ano o prêmio é dele.
Desde já, agradeço pela companhia desse ano, desejando a vc e a todos q acompanham o blog um feliz natal e próspero ano novo. Vlw Felipe!
O Kanye West realmente está descambando. Escutei o disco, vi apresentações dele na TV... Irreconhecivel. É realmente mto triste ver um artista descambar dessa forma. Será que ele tb irá descolorir sua pele? Triste.
Uahsuahsuahsuashuahsauhsaush...
Bro tô rindo até agora com o prêmio Puff Daddy... Eu ouço tanto underground quanto mainstream e confesso que quando comecei a ouvir rap no fim de 96, Puff Daddy foi um dos primeiros sons que ouvi... o álbum No Way Out de 97... Mas, tinha que ser ele mermo no nome do prêmio... Mas se quiser também trocar pra Tony Yayo ou Lil Wayne, fique avontis...
Huztla G
Muito boa a lista, concordo com a maioria... Prêmio Puff Daddy hauhauhauahuhuahuhua... muito boa.
Foi bom ver o Ludacris com a melhor produção e música na sua lista, curti bastante o trabalho dele esse ano, MVP fiou muito foda memso
Aqui vai os meus votos... Prêmio Illmatic (Álbum do Ano): The Renaissance - Q-Tip. Prêmio Christopher Wallace (Emcee do ano): Surreal. Prêmio Pete Rock (Produtor do ano): Stoupe. Prêmio Nas em 1994 (Revelação do ano): Wale. Prêmio Tupac Shakur (Letra do ano): Trail of Lies (Jedi Mind Tricks). Prêmio RZA (Beat do ano): MVP (Ludacris - produzida por DJ Premier). Prêmio Liquid Swords (Música do ano): Gettin Up (Q-Tip). Prêmio Puff Daddy (Decepção do ano): Kanye West e Common tinham de dividir esse prêmio. Me dói dar ele ao Common, mas o disco dele me decepcionou...
Era isso! PAZ!!!
--Prêmio Illmatic (Álbum do Ano):
The Renaissance - Q-Tip
--Prêmio Christopher Wallace (Emcee do ano):
Surreal
--Prêmio Pete Rock (Produtor do ano):
Black Milk (mas dá um empate técnico com o Nicolay)
--Prêmio Nas em 1994 (Revelação do ano):
Amanda Diva (fazia tempo que não escutava uma femcee tão boa)
--Prêmio Tupac Shakur (Letra do ano):
The 3rd World (Immortal Technique)
--Prêmio RZA (Beat do ano):
Daykeeper (Foreign Exchange - produzida por Nicolay)
--Prêmio Liquid Swords (Música do ano):
Gettin Up (Q-Tip)
--Prêmio Puff Daddy (Decepção do ano):
Termanology
UM SALVE MEU MANO FELIPE, CONTINUE ASSIM INOVANDO NO MUNDO BLOGGER.
PAZ!
Porque que quando alguém critica coloca sempre como anônimo?
Mostra a cara Mister M!
Prêmio Illmatic (Álbum do Ano):
The Preface - Elzhi
Prêmio Christopher Wallace (Emcee do ano):
Elzhi
Prêmio Pete Rock (Produtor do ano):
Black Milk
Prêmio Nas em 1994 (Revelação do ano):
Illa J
Prêmio Tupac Shakur (Letra do ano):
Be A Nigger Too (Nas)
Prêmio RZA (Beat do ano):
Sleeper Cell (DJ Muggs & Planet Asia - produzida por DJ Muggs)
Prêmio Liquid Swords (Música do ano):
Gettin Up (Q-Tip)
Prêmio Puff Daddy (Decepção do ano):
Common (o álbum do Kanye é muito pior, mas eu sempre espero muito mais do Common)
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