Devido à importância do grupo, vou fazer essa resenha de uma forma diferente da que fiz as outras. Para melhor analisar o álbum, vou fazer uma resenha faixa-a-faixa:
1- Campfire: O álbum abre com um sample de kung fu que dura um minuto, o que só faz aumentar a ansiedade. Ouvir novamente esses samples, além de ser confortante, dá esperança de que os dias de 36th Chamber voltaram. De fato, o beat remete ao primeiro álbum do grupo, porém mais como uma atualização do que necessariamente uma repetição. Method Man abre os trabalhos com um verso muito bom. Ghostface e Cappadonna completam a música, mas não se destacam muito.
2- Take It Back: Co-produzida por Easy Mo Bee, essa é mais uma faixa com um beat mais sujo, estilo RZA. O conceito tem tudo a ver com o beat, fala sobre voltar aos velhos tempos. Raekwon abre a musica, Inspectah Deck segue e faz um bom trabalho. Ghostface Killah é o grande destaque, com um flow muito bom. U-God fecha a música, e ainda faz o refrão com Method Man.
3- Get'em Out Ya Way Pa: Aqui o beat já se torna mais agressivo, assim como o conceito da música, que fala sobre invejosos. Ghostface e Raekwon trocando versos no refrão são o grande destaque. Masta Killa também faz sua primeira aparição no álbum, e faz um bom trabalho.
4- Rushing Elephants: Essa faixa é um pouco mais rápida, com sample de metais que se repete durante toda a música. GZA e RZA fazem a primeira aparição no álbum, e estão ambos com um flow afiado. No final, o sample de metal se torna mais agudo, e Masta Killa aparece para fechar com chave de ouro.
5- Unpredictable: Os metais voltam a aparecer, agora um pouco mais caóticos. Inspectah Deck quebra absolutamente tudo no primeiro verso, um dos melhores versos do álbum. Porém, aqui aparecem os primeiros momentos inexplicáveis do álbum. O refrão cantado é muito fraco, não casa bem com a música. Depois RZA aparece, e junto com ele as tão criticadas guitarras. Realmente, não ficou muito a cara do Wu-Tang....
6- The Heart Gently Weeps: A primeira faixa do álbum a vazar, conta com o sample dos Beatles e a participação de Erykah Badu. Aqui, as guitarras aparecem novamente, mas casam bem com o beat. A bateria é muito boa. Raekwon tem um bom verso, mas é Ghostface Killah que rouba o show, inclusive arriscando uma cantoria na metade do seu verso. Method Man fecha a música com outro bom verso. Boa música.
7- Wolves: Essa música com a participação de George Clinton, que faz um refrão meio que estranho. O beat é muito bom, com uma espécie de sussurro no fundo. U-God tem um bom verso de abertura. Method Man também faz um bom trabalho, assim como Masta Killa, que aparece aqui com um flow mais rápido do que o habitual.
8- Gun Will Go: RZA aqui nos presenteia com um beat sombrio, com um piano sinistro no fundo e um sample de orquestra. Raekwon e Method Man entram no clima e cospem versos um pouco mais políticos. Meth inclusive, se refere ao seu bairro como "Poverty Island". Masta Killa fecha o álbum, e mais uma vez o beat muda, com alguns efeitos típicos do dub jamaicano no fundo. O refrão cantado não tem nada de mais, mas até que funciona.
9- Sunlight: Faixa-solo do RZA. O beat é bem diferente, não tem caixas, só um hi-hat marcando o tempo. Apesar disso, o sample escolhido é muito bom e dá o clima certo para RZA rimar quase que em tom de pregação sobre Allah durante três minutos.
10- Stick Me For My Riches: Mais um momento inexplicável. O beat tem um quê de Dirty South, com hi-hats acelerados. A cantoria durante todo o primeiro minuto acaba induzindo você a passar a música, mas se você resistir, vai ser presenteado por um bom verso de Method Man. Outro momento inexplicável é Inspectah Deck usando um flow típico dos emcees do sul. RZA e GZA também diminuem a velocidade do flow, mas se saem um pouco melhor, embora GZA pareça um pouco desconfortável.
11- Starter: O grupo aqui fala sobre mulheres, sobre um beat muito bom, com um sample de jazz muito bem sacado. Mais uma vez, o refrão cantado atrapalha um pouco, mas o beat realmente faz você não ligar para isso. Inspectah Deck também se destaca, com um ótimo flow, assim como U-God. GZA mais uma vez parece meio deslocado.
12- Windmill: A faixa estilo "Protect Ya Neck" do álbum, com seis emcees dividindo o microfone. O beat é diferente, a linha de baixo é bem incomum. Realmente, nada de mais na faixa. Todos os emcees cospem versos medianos, nenhum se destaca.
13- Weak Spot: Um break clássico já sampleado inclusive pelos Racionais e até pelo próprio RZA, com um sample de violino se repetindo. O beat realmente lembra o material antigo do grupo. Raekwon cospe seu melhor verso em todo o álbum. GZA e RZA também estão corretos na faixa. Ainda tem uma pequena entrevista de ODB no final da faixa, o que leva você direto à próxima faixa...
14- Life Changes: A homenagem do grupo ao finado membro Ol'Dirty Bastard. De longe a melhor música do álbum, e não poderia ser diferente. O beat é lento e triste, com acordes esparsos de piano. O refrão cantado casa muito bem com o tom melancólico da faixa. Raekwon é o primeiro a se destacar, lembrando de quando o grupo começou e garantindo que "o meu filho vai se lembrar de você". GZA aparece em seguida e também emociona, dizendo que "chorou como um bebê" quando soube da morte de ODB. Masta Killa diz que "o meu coração sangra pela sua perda"; Inspectah Deck é mais introspectivo, dizendo "eu divido a culpa, porque você estava pedindo ajuda/eu poderia ter te ajudo, mas fui egoísta". U-God promete que "eu vou te ver, meu mano, do outro lado". RZA aparece por último, relembrando os bons momentos de ODB. Dois fatos inexplicáveis, porém: a ausência de Ghostface e o sample, provavelmente em japonês, no final da música.
15- Tar Pit: Um sample de saxofone no fundo, uma linha de baixo muito boa, e um beat que funciona. U-God rima confortavelmente. Cappadonna e Streetlife completam a música, mas não adicionam muita coisa. George Clinton aparece mais uma vez, no final da faixa.
16- 16th Chamber: Uma espécie de faixa bônus, do finado ODB. A música é antiga, e tem aquela sujeira característica do primeiro álbum do grupo. Um beat pesado, muito bom, lembra bastante os tempos de 36th Chamber. Boom-bap classudo. Method Man está no primeiro verso, e quebra tudo com um flow um pouco mais acelerado. A aparição de ODB no final, com um verso, fecha o álbum com chave de ouro.
RESUMO: Tirando alguns momentos que fogem do estilo do grupo, como o excesso de refrões cantados, embora alguns funcionem bem, e a proeminência que as guitarras exercem em uma ou duas faixas, o álbum é bem consistente, com músicas que remetem aos velhos e bons tempos em que o grupo dominou o rap. O tributo a ODB foi bastante emocionante.
DESTAQUES: "Campfire", "The Heart Gently Weeps", "Weak Spot", "Life Changes", "16th Chamber"
Wu-Tang Clan - 8 Diagrams1- Campfire: O álbum abre com um sample de kung fu que dura um minuto, o que só faz aumentar a ansiedade. Ouvir novamente esses samples, além de ser confortante, dá esperança de que os dias de 36th Chamber voltaram. De fato, o beat remete ao primeiro álbum do grupo, porém mais como uma atualização do que necessariamente uma repetição. Method Man abre os trabalhos com um verso muito bom. Ghostface e Cappadonna completam a música, mas não se destacam muito.
2- Take It Back: Co-produzida por Easy Mo Bee, essa é mais uma faixa com um beat mais sujo, estilo RZA. O conceito tem tudo a ver com o beat, fala sobre voltar aos velhos tempos. Raekwon abre a musica, Inspectah Deck segue e faz um bom trabalho. Ghostface Killah é o grande destaque, com um flow muito bom. U-God fecha a música, e ainda faz o refrão com Method Man.
3- Get'em Out Ya Way Pa: Aqui o beat já se torna mais agressivo, assim como o conceito da música, que fala sobre invejosos. Ghostface e Raekwon trocando versos no refrão são o grande destaque. Masta Killa também faz sua primeira aparição no álbum, e faz um bom trabalho.
4- Rushing Elephants: Essa faixa é um pouco mais rápida, com sample de metais que se repete durante toda a música. GZA e RZA fazem a primeira aparição no álbum, e estão ambos com um flow afiado. No final, o sample de metal se torna mais agudo, e Masta Killa aparece para fechar com chave de ouro.
5- Unpredictable: Os metais voltam a aparecer, agora um pouco mais caóticos. Inspectah Deck quebra absolutamente tudo no primeiro verso, um dos melhores versos do álbum. Porém, aqui aparecem os primeiros momentos inexplicáveis do álbum. O refrão cantado é muito fraco, não casa bem com a música. Depois RZA aparece, e junto com ele as tão criticadas guitarras. Realmente, não ficou muito a cara do Wu-Tang....
6- The Heart Gently Weeps: A primeira faixa do álbum a vazar, conta com o sample dos Beatles e a participação de Erykah Badu. Aqui, as guitarras aparecem novamente, mas casam bem com o beat. A bateria é muito boa. Raekwon tem um bom verso, mas é Ghostface Killah que rouba o show, inclusive arriscando uma cantoria na metade do seu verso. Method Man fecha a música com outro bom verso. Boa música.
7- Wolves: Essa música com a participação de George Clinton, que faz um refrão meio que estranho. O beat é muito bom, com uma espécie de sussurro no fundo. U-God tem um bom verso de abertura. Method Man também faz um bom trabalho, assim como Masta Killa, que aparece aqui com um flow mais rápido do que o habitual.
8- Gun Will Go: RZA aqui nos presenteia com um beat sombrio, com um piano sinistro no fundo e um sample de orquestra. Raekwon e Method Man entram no clima e cospem versos um pouco mais políticos. Meth inclusive, se refere ao seu bairro como "Poverty Island". Masta Killa fecha o álbum, e mais uma vez o beat muda, com alguns efeitos típicos do dub jamaicano no fundo. O refrão cantado não tem nada de mais, mas até que funciona.
9- Sunlight: Faixa-solo do RZA. O beat é bem diferente, não tem caixas, só um hi-hat marcando o tempo. Apesar disso, o sample escolhido é muito bom e dá o clima certo para RZA rimar quase que em tom de pregação sobre Allah durante três minutos.
10- Stick Me For My Riches: Mais um momento inexplicável. O beat tem um quê de Dirty South, com hi-hats acelerados. A cantoria durante todo o primeiro minuto acaba induzindo você a passar a música, mas se você resistir, vai ser presenteado por um bom verso de Method Man. Outro momento inexplicável é Inspectah Deck usando um flow típico dos emcees do sul. RZA e GZA também diminuem a velocidade do flow, mas se saem um pouco melhor, embora GZA pareça um pouco desconfortável.
11- Starter: O grupo aqui fala sobre mulheres, sobre um beat muito bom, com um sample de jazz muito bem sacado. Mais uma vez, o refrão cantado atrapalha um pouco, mas o beat realmente faz você não ligar para isso. Inspectah Deck também se destaca, com um ótimo flow, assim como U-God. GZA mais uma vez parece meio deslocado.
12- Windmill: A faixa estilo "Protect Ya Neck" do álbum, com seis emcees dividindo o microfone. O beat é diferente, a linha de baixo é bem incomum. Realmente, nada de mais na faixa. Todos os emcees cospem versos medianos, nenhum se destaca.
13- Weak Spot: Um break clássico já sampleado inclusive pelos Racionais e até pelo próprio RZA, com um sample de violino se repetindo. O beat realmente lembra o material antigo do grupo. Raekwon cospe seu melhor verso em todo o álbum. GZA e RZA também estão corretos na faixa. Ainda tem uma pequena entrevista de ODB no final da faixa, o que leva você direto à próxima faixa...
14- Life Changes: A homenagem do grupo ao finado membro Ol'Dirty Bastard. De longe a melhor música do álbum, e não poderia ser diferente. O beat é lento e triste, com acordes esparsos de piano. O refrão cantado casa muito bem com o tom melancólico da faixa. Raekwon é o primeiro a se destacar, lembrando de quando o grupo começou e garantindo que "o meu filho vai se lembrar de você". GZA aparece em seguida e também emociona, dizendo que "chorou como um bebê" quando soube da morte de ODB. Masta Killa diz que "o meu coração sangra pela sua perda"; Inspectah Deck é mais introspectivo, dizendo "eu divido a culpa, porque você estava pedindo ajuda/eu poderia ter te ajudo, mas fui egoísta". U-God promete que "eu vou te ver, meu mano, do outro lado". RZA aparece por último, relembrando os bons momentos de ODB. Dois fatos inexplicáveis, porém: a ausência de Ghostface e o sample, provavelmente em japonês, no final da música.
15- Tar Pit: Um sample de saxofone no fundo, uma linha de baixo muito boa, e um beat que funciona. U-God rima confortavelmente. Cappadonna e Streetlife completam a música, mas não adicionam muita coisa. George Clinton aparece mais uma vez, no final da faixa.
16- 16th Chamber: Uma espécie de faixa bônus, do finado ODB. A música é antiga, e tem aquela sujeira característica do primeiro álbum do grupo. Um beat pesado, muito bom, lembra bastante os tempos de 36th Chamber. Boom-bap classudo. Method Man está no primeiro verso, e quebra tudo com um flow um pouco mais acelerado. A aparição de ODB no final, com um verso, fecha o álbum com chave de ouro.
RESUMO: Tirando alguns momentos que fogem do estilo do grupo, como o excesso de refrões cantados, embora alguns funcionem bem, e a proeminência que as guitarras exercem em uma ou duas faixas, o álbum é bem consistente, com músicas que remetem aos velhos e bons tempos em que o grupo dominou o rap. O tributo a ODB foi bastante emocionante.
DESTAQUES: "Campfire", "The Heart Gently Weeps", "Weak Spot", "Life Changes", "16th Chamber"
- Campfire
- Take It Back
- Get Them Out Ya Way Pa
- Rushing Elephants
- Unpredictable feat. Dexter Wiggle
- The Heart Gently Weeps feat. Erykah Badu, Dhani Harrison & John Frusciante
- Wolves feat. George Clinton
- Gun Will Go feat. Sunny Valentine
- Sunlight
- Stick Me For My Riches
- Starter feat. Sunny Valentine & Tashmahogany
- Windmill
- Weak Spot
- Life Changes
- Tar Pit
- 16th Chamber [O.D.B Special]
11 comentários:
Eu gostei bastante do álbum. Faixas 1, 4, 6, 13 e 14 pra mim são as melhores, mas tirando a "Stick Me For My Riches" o álbum inteiro é muito bom. Aquele primeiro single "Watch Your Mouth" ficou de fora, podiam ter colocado ele no lugar, seria bem melhor. E esse servidor que você fez o upload é uma maravilha, porque não inventaram isso antes? Valeu!
opaaa valew mano...
curti a maioria das faixas...
isso ae foda o post+resenha
concordo com as paradas q se falo...
pazz ae man
djcaique
O album mais esperado do ano fiko muito bom com a resenha melhor ainda parabens pelo trabalho mano
sem palavras
PAZ
Os caras não perderam a mão, enquanto a maioria dos rappers gringos aparecem com sons que parecem videos games, e com um estilo clean, o Wu Tang vem com sua pegada suja e com o clássico Shaolin Style. Muito Bom.
não é nenhum enter e nenhum forever da vida ,mas ta bem melhor que o the w e o iron flag.
parabens pelo blog e valeu pela resenha informação é tudo.
na boa
stick me for my riches é uma das melhores do cd, quem canta com eles é gerald alston um dos mestres do rnb. mas cada um com sua opinião.
e o sample na musica life changes é em chinês, e é a sutra do coração sendo recitada. no geral o cd é mto bom, diferente, mas mto bom.
eu nao acho ruim por ser difernete e fugir ao estilo
muito pelo contrario
diversividade é muito bem vinda
stick me for my riches e foda!
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Poderia usar isso como modelo! Eu tenho dificuldade de entendimento, e gosto quando é feito dessa forma! Parabéns pelo trampo mano!
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