Bom, como prometido, tá aqui a minha lista de vencedores. Lembrando que as minhas escolhas foram feitas basicamente de acordo com o meu gosto pessoal, não quer dizer que o álbum que eu escolhi seja irrefutavelmente melhor do que os outros. De resto, o Boom Bap agradece todas as visitas no ano - já passamos de 200 mil - e deseja um feliz Natal e um ótimo novo ano para todos. Como eu disse no outro post, o blog entra de férias também até janeiro. Bom final de ano!
Prêmio Illmatic:
Tobacco Road (Common Market)
>> Este foi o álbum que eu ouvi por mais tempo durante todo o ano. Desde o dia que baixei, devo ter ficado quase uma semana ouvindo o disco direto. O que torna este álbum especial é a consistência: TODAS as músicas são muito bem elaboradas, marcantes, com ótimos beats e uma perfomance completa de RA Scion. Não bastasse isso, ainda é um álbum conceitual, o que torna a tarefa de fazer um álbum consistente ainda mais difícil. Enfim, Tobacco Road, DJ Sabzi e RA Scion levam o prêmio Illmatic.
Prêmio Christopher Wallace:
Nas
>> Ninguém em 2008 escreveu letras tão contundentes e provocativas do que o veterano Nas. Untitled pode não ter estado à altura das expectativas criadas, mas ainda assim foi um ótimo álbum. Nas soube mesclar o conteúdo crítico a abordagens mais comerciais, sem perder o fio da meada. Letras como Be A Nigger Too, Sly Fox e Hero estão entre as melhoras do ano.
Prêmio Pete Rock:
Black Milk
>> O cara não parou de trabalhar e lançar material em 2008. Produziu dois discos extremamente pesados - um deles, The Preface, elogiadíssimo por todos - e ainda encontrou tempo para inovar em vôo solo. Pela capacidade de manter-se fiel às origens sem buscar novas fórmulas, Black Milk leva o prêmio Pete Rock.
Prêmio Nas em 1994:
Invincible
>> Tudo bem que o Nas não foi revelação rigorosamente em 1994 - sua aparição no disco do Main Source foi um pouco antes -, mas foi neste ano que ele explodiu com um álbum perfeito. O disco de estréia de Invincible, obviamente, não é um Illmatic, mas ainda assim revelou uma grande liricista, com uma urgência nas rimas simplesmente estonteante, além de um dos flows mais complexos atualmente.
Prêmio Tupac Shakur:
Be A Nigger Too (Nas)
>> Foi uma disputa dura com Trail of Lies, mas Be A Nigger Too leva pela forma criativa que Nas encontrou para falar sobre um tema tão delicado. Não bastasse o refrão impactante, as imagens criadas pelas rimas de Nas são incomparáveis.
Prêmio RZA:
Children Sing (Pacewon & Mr. Green - produzida por Mr. Green)
>> Este foi um dos beats mais criativos do ano. Mr. Green picotou um coral de crianças ao melhor estilo Premier e foi montando o loop em cima de uma bateria simples, mas efetiva. Dá até para imaginar o cara martelando a MPC com os vários pedaços cortados do coral, enquanto a batida segue. Tanto pela originalidade, como pela execução, Children Sing leva o prêmio RZA.
Prêmio Liquid Swords:
Gettin' Up (Q-Tip)
>> Este foi o prêmio mais difícil de escolher. No fim, eu me rendi à batida irresistível de Dilla e às rimas românticas de Tip, especialista no assunto desde Bonita Applebum. Um dos fatores primordiais para essa escolha foi o fato de Tip ter sido também o que melhor rimou sobre um faixa no ano - o flow dele aqui é absolutamente fantástico, no ponto, relaxado, enfim, perfeito.
Prêmio Puff Daddy:
Common
>> Kanye West já apontava o caminho do pop há um bom tempo, logo eu não me surpreendi tanto com o último disco - acho até que seria pior um disco de rap nos moldes do mainstream,pelo menos ele buscou algo novo. Phonte não foi bem uma decepção, porque foi bem no disco, embora eu ainda prefira as rimas dele. Termanology e AZ decepcionaram, mas nada foi tão impactante quanto Common. O emcee de Chicago leva o prêmio porque era aquele de quem mais se esperava no ano, um dos poucos ainda respeitados tanto no underground quanto no mainstream, mas se equivocou bastante na direção do último álbum. Como recompensa, leva o prêmio Puff Daddy.
Prêmio Illmatic:
Tobacco Road (Common Market)
>> Este foi o álbum que eu ouvi por mais tempo durante todo o ano. Desde o dia que baixei, devo ter ficado quase uma semana ouvindo o disco direto. O que torna este álbum especial é a consistência: TODAS as músicas são muito bem elaboradas, marcantes, com ótimos beats e uma perfomance completa de RA Scion. Não bastasse isso, ainda é um álbum conceitual, o que torna a tarefa de fazer um álbum consistente ainda mais difícil. Enfim, Tobacco Road, DJ Sabzi e RA Scion levam o prêmio Illmatic.
Prêmio Christopher Wallace:
Nas
>> Ninguém em 2008 escreveu letras tão contundentes e provocativas do que o veterano Nas. Untitled pode não ter estado à altura das expectativas criadas, mas ainda assim foi um ótimo álbum. Nas soube mesclar o conteúdo crítico a abordagens mais comerciais, sem perder o fio da meada. Letras como Be A Nigger Too, Sly Fox e Hero estão entre as melhoras do ano.
Prêmio Pete Rock:
Black Milk
>> O cara não parou de trabalhar e lançar material em 2008. Produziu dois discos extremamente pesados - um deles, The Preface, elogiadíssimo por todos - e ainda encontrou tempo para inovar em vôo solo. Pela capacidade de manter-se fiel às origens sem buscar novas fórmulas, Black Milk leva o prêmio Pete Rock.
Prêmio Nas em 1994:
Invincible
>> Tudo bem que o Nas não foi revelação rigorosamente em 1994 - sua aparição no disco do Main Source foi um pouco antes -, mas foi neste ano que ele explodiu com um álbum perfeito. O disco de estréia de Invincible, obviamente, não é um Illmatic, mas ainda assim revelou uma grande liricista, com uma urgência nas rimas simplesmente estonteante, além de um dos flows mais complexos atualmente.
Prêmio Tupac Shakur:
Be A Nigger Too (Nas)
>> Foi uma disputa dura com Trail of Lies, mas Be A Nigger Too leva pela forma criativa que Nas encontrou para falar sobre um tema tão delicado. Não bastasse o refrão impactante, as imagens criadas pelas rimas de Nas são incomparáveis.
Prêmio RZA:
Children Sing (Pacewon & Mr. Green - produzida por Mr. Green)
>> Este foi um dos beats mais criativos do ano. Mr. Green picotou um coral de crianças ao melhor estilo Premier e foi montando o loop em cima de uma bateria simples, mas efetiva. Dá até para imaginar o cara martelando a MPC com os vários pedaços cortados do coral, enquanto a batida segue. Tanto pela originalidade, como pela execução, Children Sing leva o prêmio RZA.
Prêmio Liquid Swords:
Gettin' Up (Q-Tip)
>> Este foi o prêmio mais difícil de escolher. No fim, eu me rendi à batida irresistível de Dilla e às rimas românticas de Tip, especialista no assunto desde Bonita Applebum. Um dos fatores primordiais para essa escolha foi o fato de Tip ter sido também o que melhor rimou sobre um faixa no ano - o flow dele aqui é absolutamente fantástico, no ponto, relaxado, enfim, perfeito.
Prêmio Puff Daddy:
Common
>> Kanye West já apontava o caminho do pop há um bom tempo, logo eu não me surpreendi tanto com o último disco - acho até que seria pior um disco de rap nos moldes do mainstream,pelo menos ele buscou algo novo. Phonte não foi bem uma decepção, porque foi bem no disco, embora eu ainda prefira as rimas dele. Termanology e AZ decepcionaram, mas nada foi tão impactante quanto Common. O emcee de Chicago leva o prêmio porque era aquele de quem mais se esperava no ano, um dos poucos ainda respeitados tanto no underground quanto no mainstream, mas se equivocou bastante na direção do último álbum. Como recompensa, leva o prêmio Puff Daddy.